quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O motor magnético.

Apesar do assunto moto-contínuo ser considerado um símbolo da utopia, devido ao fato de ir contra a segunda lei da termodinâmica, que diz que não se pode extrair energia de algo que está a mesma temperatura, e também por contrariar a primeira lei da termodinâmica, que informa que a energia não pode ser criada nem destruída, acho uma possibilidade que, de tão simples, talvez tenha passado despercebida por mentes mais acostumadas à complexidade.
O motor magnético.


Um amigo me mandou a dica deste video, realizado na Universidade de Tecnologia de Delft na Holanda. Este video registra a primeira exibição oficial do motor magnético. Embora a premissa beirasse o conceito do moto-contínuo – uma impossibilidade na física Clássica perseguida com obstinação por milhares de pessoas através dos séculos - talvez estivéssemos no limiar de uma era onde os conhecimentos científicos aplicados a novas descobertas acerca dos mistérios dos supercondutores e do magnetismo poderiam nos levar a um grau de otimização energética tamanha que aos olhos de um leigo seria como se o moto contínuo fosse realmente inventado.


O motor magnético está sendo pesquisado pelo MIT. Como podemos ver, os maiores centros de tecnologia do mundo vem investindo pesadas somas na tentativa de obtenção de energia de baixo custo. Isso é visão de futuro, isso é pensamento estratégico. E isso expõe muito claramente o abismo existente entre o primeiro mundo e os países emergentes.
Após a exibição do funcionamento do motor magnético ante aos olhos estupefatos de 30 cientistas, o motor foi pacientemente desmontado peça por peça.
A conclusão óbvia que podemos chegar vendo este modelo em escala operando gratuitamente é que “a energia grátis” só não será uma realidade graças a perfidiosa cobiça humana.
Isso será adotado? Eu duvido muito. A ciência é algo maravilhoso, mas esbarra em dogmas religiosos de um lado e em implicações econômicas muito fortes do outro. Da mesma forma que o gênio Nikola Tesla, movido por um idealismo humanista utópico cometeu o maior erro de sua carreira ao tentar prover energia grátis para todo o planeta Terra, os sonhos da energia grátis com base no motor magnético irão falhar miseravelmente.
Os grandes grupos que concentram o poder no mundo o fazem com base na questão energética. A energia é o que está por trás das reservas de petróleo e as respectivas guerras, a disputa por territórios e dinheiro. A questão energética afeta o desenvolvimento global como poucos elementos podem afetar.
Saber se um invento dá certo ou não, é complexo, mas alguns indicadores simples podem dar pistas sobre o que o destino reserva a certos inventos. Tipo: Se ele deixar alguém rico, tem boa chance de dar certo. Se ele deixar muita gente rica, tem uma altíssima chance de dar certo, mas se o invento tirar o dinheiro fácil de quem já vem ganhando há séculos, há uma boa, aliás, gigantesca chance de o inventor dar com os burros n´água.
Eu creio que não adianta criar algo sensacional, tão incrível que até parece mágica do David Blaine e não conseguir vender. Se eles conseguirem mostrar que com isso é possível lucrar muito mais, dando a ganhar aos caras que já vem ganhando há séculos com a energia, então há de fato uma chance de assistirmos ao limiar de uma nova era energética no mundo.
É importante ressaltar que isso NÃO É um moto contínuo. É um motor de alta eficiência. A premissa do moto contínuo é gerar energia espontaneamente. Neste caso pelo que eu entendi o cara dá uma única martelada e essa energia é multiplicada por uma complicada caixa de redução magnética no interior do equipamento, resultando em um absurdo aproveitamento da energia. De fato, parece bom demais para ser verdade, mas se os cientistas e professores da Universidade de Delft não acharam que é uma fraude, quem sou eu para achar qualquer coisa?
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Livro eletrônico ganha espaço na bienal

Fonte: Priscila Jordão, de INFO Online
http://info.abril.com.br/noticias/mercado/livro-eletronico-ganha-espaco-na-bienal-12082010-46.shl 
Livros digitais dividem espaço com os livros de papel na Bienal do Livro de São Paulo

SÃO PAULO - A Bienal do Livro, que acontece a cada dois anos em São Paulo, nunca foi tão tecnológica. Neste ano, além de livros de papel, marcam presença no evento os livros digitais, também conhecidos como e-readers. E eles estão chamando a atenção dos visitantes.
Não à toa. O e-reader tem sido bastante destacado pelos corredores da Bienal. No estande especial da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, o público pode conferir e ler obras em cerca de 50 aparelhos, entre Kindles, iPads, Readers da Sony e o aparelho nacional da livraria Gato Sabido, que estão em exibição. O estande é equipado com Wi-Fi e permite o download de livros gratuitos.
Com a iniciativa, o órgão público quer divulgar o e-reader como plataforma de leitura para o consumidor. Além disso, apresentar aos leitores os seus livros que já estão no formato digital (cerca de 180 e todos gratuitos).
Grandes livrarias, como a Saraiva, também aproveitam a ocasião para divulgar seus livros digitais. No endereço www.livrariasaraiva.com.br/livros-digitais, a livraria disponibiliza, por preços menores que os dos livros impressos, títulos como Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, e Caim, de José Saramago.
"Mas para comprar, o usuário baixa um aplicativo no site da Saraiva e, por ele, acessa o servidor da livraria e efetua o download", diz André Ferraz, analista de produtos digitais da Saraiva.Os livros são baixados para o computador, mas estão em formato protegido, de modo que só podem ser lidos no aplicativo da Saraiva. Porém, podem ser compartilhados com até seis plataformas, como smartphones e leitores eletrônicos.
A plataforma da Saraiva, explica Ferraz, terá divulgação em massa somente quando houver também um aplicativo para iPad, o que deve acontecer em breve. "Nossa aposta é em plataformas móveis. Por isso, estamos aguardando a finalização do aplicativo para fazer um anúncio grande ao mercado", afirma Ferraz.
Outros expositores do evento, como o Submarino, também montaram estandes dedicados especialmente ao universo digital. Na Bienal, a empresa fez o anúncio de uma parceria com a Gato Sabido, cujo site ficará hospedado dentro do Submarino.
"O Submarino não vendia e-readers e precisava entrar nesse ramo. Por isso firmou a parceria conosco", afirma Luciana Legey, sócia da Gato Sabido. A livraria trouxe cerca de 48 e-readers para o evento, que estão sendo expostos em vários estandes de editoras, inclusive de livros infantis.
Já as editoras menores, apesar de não terem suas próprias lojas de livros digitais, aproveitam para lançar seus títulos já em versões eletrônicas. A Giz Editorial, por exemplo, vende o livro digital Causos de uma vida empreendedora por 5 reais a menos que o impresso na livraria do leitor eletrônico Gato Sabido.

Os aparelhos "e-reader" estão sem imposto, agora. Demorou !

AGÊNCIA BRASIL
O turista brasileiro que quiser trazer um leitor eletrônico de livros digitais do exterior, sem pagar imposto e sem precisar recorrer à Justiça, poderá fazê-lo a partir de 1º de outubro.
Esta semana, o Diário Oficial da União publicou a Instrução Normativa 1.059 para detalhar a Portaria 440 que mudou as regras sobre os procedimentos de controle aduaneiro e o tratamento tributário aplicável aos bens de viajante. Pela decisão, bens considerados de uso pessoal estão isentos de tributos, exceto computadores pessoais e filmadoras.
Consultada, a Receita Federal informou que os leitores eletrônicos poderão ser considerados de uso pessoal desde que não agreguem componentes que deixem o dispositivo com a mesma configuração de um computador.
As discussões sobre os leitores digitais, por enquanto, são polêmicas. Embora os livros tenham imunidade tributária, os leitores digitais não têm. Recentemente, decisão da Justiça Federal em São Paulo concedeu mandado de segurança, com pedido de liminar, para que a Receita Federal não exija o pagamento de quaisquer tributos aduaneiros por ocasião do desembaraço do produto denominado Kindle, produzido por uma empresa dos Estados Unidos alegando imunidade tributária.
O argumento é que o “produto denominado comercialmente de Kindle possui a função exclusiva de leitor de jornais, revistas e periódicos” e, sendo assim, o produto estaria abrangido pela imunidade tributária estabelecida no Artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da Constituição Federal.
Por enquanto, a decisão sobre a imunidade tributária do produto só atende a um advogado e professor da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. Para que outras pessoas consigam o mesmo benefício na Justiça, é preciso entrar com novos pedidos de liminar, o que no final pode sair mais caro do que pagar os impostos para o leitor eletrônico. A Receita Federal ainda pode recorrer.
Os leitores de livros eletrônicos transferem pela internet os textos e podem armazenar, em alguns modelos, até 3,5 mil títulos. Além dos aparelhos estrangeiros, dois fabricantes brasileiros também produzem leitores eletrônicos de texto e pretendem concorrer com os importados. Sem impostos, os estrangeiros têm modelos mais em conta que custam aproximadamente US$ 137 (R$ 243). Já um modelo nacional tem sido anunciado a R$ 799.
No mês passado, o maior site de vendas de livros dos EUA anunciou que as vendas de títulos para o tipo de e-reader que comercializa já são, pela primeira vez, maiores que a venda de livros com capa dura. A notícia provocou debates na internet sobre o fim ou não dos livros de papel. Para a Receita, o que importa são as questões tributárias.
“Para efeitos de bagagem, não interessa se o Kindle vai ser ou não livro. A questão do livro é porque ele tem imunidade tributária e eu não posso tributar. Se, no futuro, a Justiça determinar que o Kindle é um livro, a Receita não tributará”, disse o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais, Fausto Vieira Coutinho.
“Se ele for somente um leitor de livros e substituir o seu livro de cabeceira, é considerado bem de uso pessoal e vai entrar, inclusive fora da cota. É diferente do iPad que acessa à internet”, disse.