sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Substância promete chips mais flexíveis que usam menos energia

Pesquisadores criaram um chip de computador a partir de uma substância descrita como uma alternativa promissora para o silício, material mais usado hoje em dia.
A equipe utilizou molibdenita (MoS2), um mineral de cor escura, que ocorre naturalmente na natureza. Segundo os cientistas, a substância pode ser usada em camadas mais finas do que o silício, que atualmente é o componente mais comumente usado em equipamentos eletrônicos.
Sendo assim, o MoS2 poderia criar chips menores e mais flexíveis, que usam menos energia.
A substância é atualmente usada como ingrediente em lubrificantes de motor, ceras e como agente de reforço para plásticos. O MoS2 é facilmente disponível e barato.
Para obter uma camada fina do material, a equipe de colocou uma tira de plástico “pegajoso” sobre o cristal, descascou-a e então anexou a fita a um suporte. O plástico foi, então, retirado para deixar a camada muito fina de MoS2 exposta.
Usando a camada fina, a equipe construiu um protótipo de microchip, ao qual juntaram seis transistores em série permitindo-lhes realizar operações lógicas simples.
Embora o circuito integrado seja básico, os pesquisadores disseram que prova que projetos mais complexos são possíveis em chips mais finos do que poderiam ser produzidos com silício.
O problema com o silício é que ele não pode ser muito afinado, porque é muito reativo. Sua superfície gosta de oxidar (ligar-se com o oxigênio e hidrogênio) e isso degrada suas propriedades elétricas quando se quer fazer um filme muito fino.
Como resultado, a camada utilizável mais fina de silício usada em chips de computador tem em torno de dois nanômetros de espessura. MoS2, em contraste, pode ser usado em camadas de apenas três átomos de espessura, permitindo que os chips fiquem pelo menos três vezes menores.
Uma das principais vantagens de ter um material mais fino é que os transistores também podem ser reduzidos em tamanho. E um transistor mais fino automaticamente dissipa menos energia e gasta menos energia; ou seja, permite que haja eletrônicos que gastam menos energia elétrica.
MoS2 também tem a vantagem de ser tão duro quanto o aço inoxidável, mas também ser capaz de ser flexível. Ele pode ser dobrado em grandes ângulos ou muito esticado (por exemplo, aumentar seu comprimento em 10%, o que, se fosse feito com o silício, lhe quebraria como vidro).
A equipe disse que o material poderia ser adequado para eletrônicos flexíveis que poderiam ser enrolados em tubos, ligados à pele ou usados para fazer celulares que se encaixam no rosto do dono.
O MoS2 enfrenta a concorrência do grafeno, um outro de semicondutor flexível, como potencial substituto para o silício. Mas
a equipe suíça acredita que seu material tem uma grande vantagem – pode amplificar sinais eletrônicos em temperatura ambiente, enquanto que o grafeno precisa ser resfriado o suficiente para transformar nitrogênio em líquido.
Apesar do potencial de MoS2, os pesquisadores alertam que ainda vai levar pelo menos 10 a 20 anos antes dele entrar para uso comercial.
Entretanto, o grupo disse que planeja explorar se pode fazer o mineral mais condutor e também tentar encontrar uma forma menos trabalhosa de produzir camadas finas da substância.[BBC]

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Conceito de tablet mostra funções inovadoras.


(Fonte da imagem: Yanko Design)

O Iris Tablet PC mostra como estes dispositivos poderiam ser ainda mais úteis.

Não há como negar que estamos entrando em uma espécie de “era dos tablets”. Os designers Liu-Wei, Yao Kai-Chi, Hong Ruei Hong e Cheng Ya-Fang imaginaram um conceito desses dispositivos, que apresenta algumas funções que vão além da praticidade, além de o modelo esbanjar elegância nos formatos.
Publicado no site Yanko Design, o Iris Tablet PC, como é chamado, teria um teclado touchpad transparente com um monitor do tipo OLED e utiliza a tecnologia wireless para alimentação. O produto conta com um scanner, que permite copiar textos para a sua tela, bem como traduzi-los. Além disso, ele pode ser utilizado como uma “prancheta” para o desenho à mão livre (com um dispositivo de caneta ótica).
(Fonte da imagem: Yanko Design)
O aparelho permite que a tela seja “dividida” para o uso conjunto, sem interferência de ações. Uma das funções mais interessantes é como ele utiliza a realidade aumentada. Por meio dela, seria possível posicionar o Iris em determinado cômodo e fazer todo o planejamento do espaço. Com isso, torna-se muito mais simples planejar a mobília de um ambiente, por exemplo.
O tablet ainda conta com um navegador integrado. Por ora, o produto continua apenas no campo dos conceitos, mas pode vir a sair do papel em um futuro próximo. Confira no vídeo abaixo o aparelho “em uso”.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Alguns neutrinos estão fazendo Einstein se revirar no túmulo !

   
Jason Palmer
Da BBC News
 
Cientistas estão intrigados pelos resultados obtidos por cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern, na sigla em francês), em Genebra, que afirmaram ter descoberto partículas subatômicas capazes de viajar mais rápido do que a velocidade da luz.
Neutrinos enviados por via subterrânea das instalações de Cern para o de Gran Sasso, a 732 km de distância, pareceram chegar ao seu destino frações de segundo mais cedo que a teoria de um século de física faria supor.
As conclusões do experimento, que serão disponibilizadas na internet, serão cuidadosamente analisadas por outros cientistas.
Um dos pilares da física atual – tal e qual descrita por Albert Einstein em sua teoria da relatividade – é que a velocidade da luz é o limite a que um corpo pode viajar. Milhares de experimentos já foram realizados a fim de medi-la com mais e mais precisão.
Até então nunca havia sido possível encontrar uma partícula capaz de exceder a velocidade da luz.
"Tentamos encontrar todas as explicações possíveis para esse fenômeno. Queríamos encontrar erros – erros triviais, erros mais complicados, efeitos indesejados – e não encontramos", disse à BBC um dos autores do estudo, Antonio Ereditato, ressaltando a cautela do grupo em relação às próprias conclusões.
"Quando você não encontra nada, conclui, 'Bom, agora sou obrigado a disponibilizar e pedir à comunidade (científica internacional) que analise isto'."
Partículas aceleradas
Já se sabe que os neutrinos viajam a velocidades próximas da da luz. Essas partículas existem em diversas variedades, e experimentos recentes observaram que são capazes de mudar de um tipo para outro.
No projeto de Antonio Ereditato, Opera Collaboration, os cientistas preparam um único feixe de um tipo de neutrinos, de múon, e os envia do laboratório de Cern, em Genebra, na Suíça, para o de Gran Sasso, na Itália, para observar quantos se transformam em outro tipo de neutrino, de tau.
Ao longo dos experimentos, a equipe percebeu que as partículas chegavam ao seu destino final alguns bilionésimos de segundo abaixo do tempo que a luz levaria para percorrer a mesma distância.
A medição foi repetida 15 mil vezes, alcançando um nível de significância estatística que, nos círculos científicos, pode ser classificada como uma descoberta formal.
Entretanto, os cientistas entendem que erros sistemáticos, oriundos, por exemplo, das condições em que o experimento foi realizado ou da calibração dos instrumentos, poderiam levar a uma falsa conclusão a respeito da superação da velocidade da luz.
"Meu sonho é que outro experimento independente chegue à mesma conclusão – nesse caso eu me sentiria aliviado", disse o cientista.
"Não estamos afirmando nada, pedimos a ajuda da comunidade para entender esses resultados malucos – porque eles são malucos. As consequências podem ser muito sérias."
Fonte: Uol Notícias - http://noticias.uol.com.br

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Deve 'chover' lixo espacial nesta sexta-feira, 22/9/2011.

Um satélite desativado da NASA cairá na Terra, mas cientistas não sabem precisar onde. O objeto, um UARS, satélite de pesquisa da alta atmosfera, foi lançado em 1991 ao custo de U$ 750 milhões, tem 10,7 metros de comprimento mas a massa que deve entrar na nossa atmosfera será de apenas 532kg. O lixo espacial está se tornando um grande problema e é constituído de milhares de peças de foguetes, satélites e outros materiais.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Temos vaga. Mas e você, tem experiência?

Não me arriscaria a dar conselhos, mas é inegável que, para quem não nasce em berço de ouro, como se diz por aí, o conhecimento é que assume esse valor e abre caminhos
Por Guto Martins, www.administradores.com.br
"Você não sabe o quanto caminhei, pra chegar até aqui...", trecho da música A estrada, do Cidade Negra, faz-me lembrar os passos que dei para hoje ser um dos sócios da br4.cgn e o quanto evoluí para que isso acontecesse. Todas as experiências em empresas, as pessoas que conheci neste tempo e o conhecimento que trouxe de cada uma.
Não me arriscaria a dar conselhos, mas é inegável que, para quem não nasce em berço de ouro, como se diz por aí, o conhecimento é que assume esse valor e abre caminhos. Por isso, sempre pautei minha trajetória na busca por conhecimento e compartilho esse princípio com todos que me cercam.
Como músico também, nunca fujo à comparações da atuação profissional na área de comunicação. Um exemplo disso é um guitarrista que se dedica a vida toda para aprender todas as técnicas para, em uma única e breve apresentação, demonstrar tudo o que sabe com perfeição e conquistar o reconhecimento. É preciso preparo, coragem, ousadia para alcançar o sucesso.
Outro ponto fundamental, é que um profissional só é capaz de improvisar quando possui repertório suficiente para tanto. Só é possível saber quais as opções e decisões adequadas com segurança, quando se tem conhecimento para isso. Evitar a 'gambiarra', o 'jeitinho brasileiro' é fugir de riscos desnecessários, para os quais uma empresa séria não está disposta.
Pode parecer que estou 'chovendo no molhado', também como dito por aí. Mas o fato é que temos nos deparado com uma realidade um tanto desfigurada do mundo ideal. Agências de comunicação têm demanda séria, enfrenta a competitividade feroz em um mercado que é mais disputado a cada dia. E essa realidade faz frente ao duro cenário de uma enxurrada de pequenos notáveis, ansiosos por seu lugar ao sol, e que chegam "prontos" para atropelar etapas importantes, porque se crêem aptos a romper quaisquer barreiras rumo ao sucesso, como é o caso da geração "Y".
Hoje, leva-se muito tempo para se encontrar bons profissionais. A busca por emprego traz para as agências profissionais pouco preparados, com baixa capacidade de integração para atuar em equipe e com expectativa de salário fora da realidade de mercado e de sua própria.
Até pouco tempo, podíamos contar com profissionais multitarefa, prontos para enfrentar crises e contribuir com o crescimento da equipe, hoje, mal se consegue profissionais capacitados tão somente para a vaga que se oferece.
Se conhecimento bem aproveitado é vital, porque não o estão adquirindo? Atualmente, a internet está mais do que consolidada como fonte de informação, mas parece que a ideia de 144 caracteres é o suficiente para gerar conteúdo e, principalmente, opinião.
Apesar de anos de caminhada, até hoje participo de fórum de discussão, palestras, leio artigos, jornais, revistas especializadas, livros, recebo newsletter de assuntos relevantes, tenho sede de conhecimento. E essa geração? O que tem feito para ser melhor na sua área e fazer valer o salário que almeja?
É preciso ir além e as pessoas estão preguiçosas ou esperam que a informação chegue no celular retwittada ou em um aviso no seu mural.
Um antigo chefe me disse uma vez: aprenda uma coisa nova e seu dia estará ganho. É o que faço e sempre sugiro que outros façam. Conhecimento nunca é demais e faz diferença para você e em seu dia a dia.
E quem tem pressa para chegar ao topo, pode não parecer, mas com disposição e busca por conhecimento, novos aprendizados, essa caminhada torna-se mais responsável e tranqüila. Assim, você estará sim escalando para chegar onde deseja. E, ao menos aqui, seu espaço estará garantido.
Você não sabe o quanto caminhei. É provável que não saiba o quanto você caminhará, mas com certeza saberei, conversando com você, o quanto já caminhou.
Guto Martins - é diretor de Mídias Digitais e um dos sócios da br4.cgn, agência de comunicação e arquitetura de eventos..

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A física por trás das manchas de café.

Sabe as manchas de café? Aquelas formas que aparecem quando uma gota de café se espalha podem parecer comuns, mas são na verdade uma peculiaridade muito interessante da física.
Pesquisadores descobriram uma reviravolta surpreendente que muda nossa compreensão de como estas manchas se formam.
Acontece que líquidos, tais como café, que são compostos de partículas esféricas, secam de forma diferente de líquidos com partículas mais oblongas.
No caso do café, cada partícula, ou aglomerado de moléculas, tem cerca de um micrômetro (um milionésimo de metro) de largura, que é cerca de 10.000 vezes maior que as moléculas individuais do café.
Conforme uma gota de café seca, o líquido evapora mais eficientemente nas bordas. No meio, o líquido então flui para as bordas, para “repô-las”, carregando os sólidos suspensos com ele.
Estes são, então, deixados para trás em um anel em torno das bordas da gota quando toda a água evapora, ficando com uma borda mais escura, com um centro mais translúcido sobre a mancha.
Os pesquisadores achavam que as partículas retangulares, ao invés de esféricas, se comportariam de maneira semelhante. Para sua surpresa, o que eles descobriram foi que as partículas oblongas tendem a se acumular muito mais fortemente do que as partículas esféricas.
Esta agregação dificulta o fluxo do líquido a partir do meio de uma gota para a sua borda, distribuindo, assim, os sólidos de forma mais uniforme conforme a gota seca, e deixando para trás uma mancha igual sem o efeito do anel.
A revelação poderia ser de interesse para além da comunidade dos físicos. “Há muita física elegante em um monte de objetos do cotidiano”, disse o autor do estudo, Peter Yunker. “Há também uma grande quantidade de aplicações práticas que vêm da física básica”.
Por exemplo, a descoberta da mancha de café poderia ajudar os fabricantes de tintas, que muitas vezes não medem esforços para evitar que seus produtos sequem de forma irregular sem ter que adicionar mais solventes sólidos.
“Nós estávamos realmente interessados em descobrir como evitar o ‘efeito anel’ do café. Em cartuchos de jato de tinta, a tinta custa mais do que champanhe por volume. Se pudermos reduzir o teor de sólidos no jato de tinta por uma pequena quantidade, poderíamos potencialmente diminuir o custo por uma grande quantidade”, explica Yunker.[LiveScience]



Dá para destravar e ligar o motor de um carro usando mensagens de texto de um celular ?

Recentemente, dois pesquisadores demonstraram que podem desbloquear um carro – e até mesmo ligar seu motor – através de uma simples mensagem de texto.
Don Bailey e Matthew Solnik apresentaram seu trabalho durante uma conferência sobre segurança em Las Vegas, explicando como eles podem usar um telefone Android para executar uma técnica que eles apelidaram de “war-texting” (a palavra “war” significa “guerra” em português, e “texting” se refere a mensagens de texto).
A nova técnica se baseia na interceptação de mensagens de texto que muitos dispositivos utilizam para enviar comandos ou mesmo atualizações de firmware (software permanente programado em uma memória somente de leitura).
Através da criação de uma rede GSM nas imediações de um carro Subaru Outback, a equipe foi capaz de interceptar mensagens de autenticação de senhas enviadas entre a chave eletrônica e o veículo.
O que acontece a seguir não é exatamente claro, já que os pesquisadores não divulgaram todos os seus segredos (ainda bem, ou uma onda de roubos por mensagens de texto começaria).
O que se sabe é que interceptar as mensagens de autenticação permitiu que a equipe entendesse os comandos básicos necessários para se comunicar com o sistema de segurança do carro.
Uma vez que os pesquisadores conheciam esses detalhes, foram capazes de enviar suas próprias mensagens para o sistema, a fim de realizar a engenharia reversa do firmware – efetivamente aprendendo como funciona o dispositivo inteiro.
A partir disso, eles puderam identificar quais comandos eram úteis, e enviar suas próprias mensagens que poderiam desbloquear o carro, e até mesmo iniciar seu motor.
O processo todo levou apenas algumas horas. A equipe não revelou que outros carros além do Outback podem compartilhar essas vulnerabilidades, mas os dispositivos de comunicação construídos dentro do veículo são itens genéricos, por isso, as chances são de que o problema seja geral.
Mais preocupante ainda, a técnica poderia ser usada para atacar outros sistemas. Qualquer dispositivo que rotineiramente recebe atualizações de firmware via mensagem de texto, tais como sistemas de controle de tráfego e câmeras de segurança, poderiam ser vítimas.
Talvez o pior de tudo, tal técnica também pode atacar sensores SCADA, que são usados para monitorar sistemas industriais, tais como a rede elétrica e o abastecimento de água. “Eu não acho nada demais que consigo desbloquear a porta de um carro”, disse Don Bailey. “É legal. É sexy. Mas o mesmo sistema é usado para controle de telefone, energia, sistemas de tráfego. Acho que essa é a ameaça real”.
Embora a Subaru não tenha feito nenhuma declaração formal, Bailey notificou o fabricante, e eles devem estar tomando providências para remediar a situação. Mas, se você tiver um Outback, não precisa ficar preocupado; as chances são maiores de que alguém roube seu carro sem nem deixar um bilhete, quanto menos uma mensagem de texto. [NewScientist]

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Estudante usa volante de motor de Porsche para melhorar as pedaladas

Se você conhece um pouco de física e de mecânica, sabe que quanto mais rápido um volante de motor (flywheel) gira, mais energia ele armazena. À medida em que essa energia é liberada como torque, sua velocidade reduz. Utilizando este princípio um estudante de engenharia enfiou um mecanismo da Porsche em uma bicicleta para funcionar como acumulador de energia em seus passeios.
Maxwell von Stein, um estudante da Cooper Union de Nova Iorque, instalou no quadro de uma bicicleta um volante de 6,8 kg conectado à uma transmissão CVT NuVinci na roda traseira. Ao selecionar a relação (de marcha) de “carga” , a velocidade do volante aumenta durante as frenagens ou descidas. Ao selecionar a relação de “boost”, converte a velocidade do volante em torque para acelerar ou subir uma ladeira. O resultado, diz von Stein, é uma economia de 10% de energia vinda dos pedais durante uma volta com média de 20 a 25 km/h.
O projeto também rendeu a von Stein um Prêmio Nicholas Stefano pelo notável projeto de engenharia mecânica sênior. Será que no futuro haverá um KERS para o Tour De France?


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Robô construído após a Segunda Guerra ainda funciona

Em 1950, o ex-oficial da Royal Air Force Tony Sale construiu um robô humanoide, um dos primeiros da Grã-Bretanha, a partir dos pedaços de um bombardeiro caído. Depois de passar 45 anos guardado em uma garagem, o robô ainda está andando muito bem.
Depois de uma expedição à garagem, Sale decidiu tentar reanimar o robô e teve sucesso. “Eu coloquei um pouco de óleo nos mancais e acrescentou um par de novas baterias de lítio em suas pernas, liguei-o e ele andou. Foi um momento lindo”, narra o ex-oficial, que entrou na Força Aérea em 1949 para ensinar os pilotos a utilizarem o radar na base de RAF Debden, em Essex, Inglaterra. 
Durante o tempo que passou ali, ele construiu a maior e mais sofisticada versão de George até à data, feita de alumínio e duralumínio de um bombardeiro Wellington, que caiu perto da base. George tinha seis metros de altura e utilizava duas baterias da motocicleta, o que o permitiu andar, virar a cabeça, mover seus braços e sentar-se. Apesar do tamanho e das habilidades, o robô ganhou pouca atenção da imprensa na época, mas logo foi esquecido porque os computadores da época não eram avançados o suficiente para fazer dele “inteligente”.
George também foi resultado de anos de prática. Tony Sale tem agora 79 anos, mas construiu seu primeiro robô, George, em 1940, quando tinha apenas 12. George acompanhou o crescimento de seu criador e ficou, além de mais alto, mais complexo. Ele ganhou também uma mandíbula móvel para simular a fala e um controle remoto por rádio.
Agora George vai deixar a garagem de Sale e vai morar no Museu Nacional de Computação, em Bletchley Park. Uma casa bem mais digna para um robô que é também uma peça histórica. [Gizmodo]
Por Rafael Alves em 2.12.2010 as 22:59, originalmente em http://hypescience.com/

Quase humanos: nova “pele” torna robôs mais sensíveis ao ambiente

Os robôs estão cada vez mais parecidos com os seres humanos. Agora, eles podem até sentir o calor do sol ou detectar a brisa do vento. Tudo graças uma a pele robótica ultrassensível, desenvolvida por pesquisadores alemães.
A nova pele permite que os robôs sintam desde a temperatura do ambiente até o mais leve toque, como finos cabelos humanos sendo pressionados contra a pele. A cútis robótica contém 5 centímetros quadrados de sensores em forma de placas hexagonais. Cada pequena placa possui quatro sensores infravermelhos que identificam objetos mais próximos do que um centímetro da pele. Além disso, há seis sensores de temperatura e um sensor que permite que os robôs registrem o movimento de cada um de seus membros, individualmente.
Os sinais dos sensores são processados em um computador central, que armazena os dados e permite separar as diferentes sensações, como um toque ou a temperatura ambiente.
A pele já parece um avanço assustador que deixará os robôs tão sensíveis ao ambiente quanto os humanos, mas não para por aí. Os robôs equipados com a pele ultrassensível receberam também câmeras como os olhos, mãos e scanners infravermelhos – tudo para que ficassem semelhantes a nós.
Mas não se assustem, pois a invenção não foi feita para os robôs dominarem o mundo; o avanço pode ser muito positivo. Com o desenvolvimento dessa tecnologia, robôs como esses poderão ajudar pessoas para que elas possam se deslocar em diferentes ambientes em segurança, o que seria um grande facilitador para cegos, por exemplo.
A pele robótica foi desenvolvida para poder reagir a diferentes sensações nos menores espaços possíveis. A pele ainda não está completa, mas 15 sensores em um pequeno espaço dela já demonstram que o invento funciona. Um leve toque na pele artificial faz com que o braço do robô reaja. Os pesquisadores desejam agora avançar nas pesquisas incluindo outros sensores na pele, como os que identificam a pressão.[DailyTech]
Por Stephanie D’Ornelas em 4.07.2011 as 16:32 originalmente em http://hypescience.com/

sábado, 2 de julho de 2011

Jarre Technologies - Muita tecnologia, desenvolvida pelos engenheiros de som de Jean Michel Jarre.

Impulsionado pela regressão contínua da qualidade dos nossos consumidores de música, Jarre Technologies concebeu o Aerosystem One, com o objetivo de recuperar e restaurar o som perdido que tem sido tão meticulosamente produzido em estúdios de gravação "state-of-the-art".

Aerosystem One é o resultado de quatro anos de investigação e desenvolvimento por Jean Michel Jarre e sua equipe de engenheiros de som. Conceitualisado na França, este poderoso sistema de som pode aceitar todos os formatos digitais, MP3, AAC, WMA, etc, e é compatível com todos os iPod e os modelos iPhone além de vir com uma porta USB 2.0 integrada, bem como um mini-jack P2 oferecendo a possibilidade de conectar o sistema a um laptop, um leitor de CD / DVD, smartphones, disco rígido de arquivos, bem como um outro sistema de som. Aerosystem One incorpora um circuito de sinal eletrônico, feito sob medida para reproduzir sons graves e notas altas com precisão ideal.

Aerosystem One oferece um potente, preciso e envolvente som para a sua caixa de feixe poderoso e dois alto-falantes direcionais.
O design elegante, em última análise do Aerosystem One, se integra perfeitamente a qualquer interior, com sua ambição estética ao privilegiar a qualidade de áudio melhor, tudo a um preço mais acessível: um sistema de som que agrada tanto a concepção de e para amantes da música.
Jean Michel Jarre™ - sistema de som ideal.

Compatível com todas as gerações do iPod: o iPod Touch, iPod Nano, iPod Classic
Compatível com todas as gerações do iPhone: 3G, iPhone iPhone (S), quatro iPhone
fontes múltiplas de entrada com conector mini-jack 3,5 mm:
MP3 players
Computadores
CD / DVD players
1 host USB
240° de dispersão de som com filtros de realce 3D
2 x 30w definição espectro completo de alta frequencia com tweeters
1 x subwoofer 60w
tensão de entrada de alimentação 110 ou 220, dependendo do seu país de residência
Dimensões: 26 x 26 x 108,5 centímetros

terça-feira, 21 de junho de 2011

O físico faz o quê ??

As licenciaturas estão em baixa no Brasil. Já está começando a faltar professor de Física nas escolas públicas e particulares. Isso pode ser um bom indicador de que essa carreira vai valorizar em breve e pode ser uma boa voce fazer um curso superior de física. Se voce não sabe qual a área de atuação do profissinal de Física, assista os vídeos abaixo produzidos pela UFG e descubra "O quê faz o Físico ? "
Parte I


Parte II


Parte III


Parte IV

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dinamômetro: o que é, para que serve, quem usa.

O que é:
(di.na.mô.me.tro)

sm.
1 Fís. Aparelho que mede a intensidade de uma força mecânica, baseado na deformação causada pela aplicação dessa força sobre um sistema elástico.
2 Mec. Aparelho que mede a potência de um motor elétrico.
3 Med. Aparelho que mede o trabalho muscular; ERGÔMETRO.

[F.: Do fr. dynamomètre; ver dinam(o)- e -metro.]
A definição acima foi retirada do dicionário Aulete Digital.

Para que serve:
Nas minhas aulas de Física, digo aos meus alunos, simplificadamente, que dinamômetro é o aparelho que usamos para 'medir' uma força (o módulo dela) e dou como exemplo aquela traquitana que alguns (antigos) vendedores de rua usam para 'pesar' (peso é força !) suas mercadorias.

Quem usa:
Esses caras, por exemplo ->>> "Nórdicos malucos fazem dinamômetro caseiro."
Em algum lugar da Noruega, dois caras precisavam fazer os ajustes finais em seu Nissan V8 de drift. Decidiram não gastar mais dinheiro alugando dinamômetros. O resultado foi este incrível dino de fundo-de-quintal apoiado em pneus de caminhão. Para que gastar dinheiro alugando se você pode construir um com um monte de ferro-velho?  Assista o vídeo e veja o resultado da 'gambiarra' !
Origem: http://www.jalopnik.com.br/conteudo/nordicos-malucos-fazem-dinamometro-caseiro

domingo, 15 de maio de 2011

Transformação de Energia Cinética em Energia Térmica: Como um Jumbo de 500 toneladas testa seus freios.

Veja este incrível vídeo mostrando o que acontece quando a Boeing decide certificar que os freios de carbono do 747-8 funcionam, mesmo nas piores condições possíveis. Especificamente, foi preciso simular o pior: uma decolagem abortada sem usar os reversores para auxiliar a frenagem. O resultado? Freios a 1400 graus centígrados !
O 747-8 é o mais recente e mais econômico dos Jumbos da Boeing. Como parte dos procedimentos de testes, eles precisam colocar carga máxima no trem de pouso para assegurar que tudo funcionará em uma frenagem de emergência.
Para simular a pior condição possível, a aeronave foi abastecida com a capacidade total de combustível. O piloto acelerou até atingir a velocidade de decolagem, 360 km/h e depois sentou o pé nos freios que ficaram completamente tostados como se fosse parte de uma decolagem abortada.
Normalmente o piloto tentaria usar o reversor de empuxo nas turbinas para parar o avião, e as equipes de incêndio estariam prontas em três minutos para apagar o fogo. Nessa experiência, eles simulam uma situação em que os reversores não funcionam e as equipes de incêndio levarão cinco minutos para aparecer.
O resultado? O jato parou a cerca de 230 metros antes do limite estimado, enquanto os freios incandesciam a 1400 graus centígrados.
Este é um belo exemplo de transformação de energia cinética em energia térmica.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A placa Arduino: uma opção de baixo custo para experiências de Física.

O pessoal do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro elaborou este excelente trabalho sobe o Arduíno. A placa Arduíno é uma opção de muito baixo custo para a aquisição de dados com o PC. Duas aplicações simples mas que mostram as potencialidades desta placa são brevemente discutídas na publicação.

Software permite hackear, controlar ou inutilizar qualquer carro.

CarShark é um software que permite invadir o sistema de computador em carros, possibilitando inutilizar os freios, desligar o motor, tocar música e causar um belo estrago eletrônico. É ao mesmo tempo genial e absolutamente assustador. Veja como funciona.
Uma equipe de pesquisadores liderados por professores da Universidade de Washington e a USCD invadiram o sistema CAN (Controller Area Network, rede de controle), presente em todos os carros novos construídos hoje no mundo, para mostrar o quão potencialmente vulnerável é o sistema. O CAN possibilita que os sistemas instalados no carro se comuniquem, facilitando o diagnóstico de problemas, mas nas mãos de hackers se torna uma porta aberta para desativar um carro.
Os pesquisadores se conectaram ao carro por meio de uma simples porta OBD-II e, usando o programa CarShark, identificaram os pacotes de dados enviados pelo CAN. Para alguns truques eles usaram um processo chamado de “fuzzing” e enviaram pedaços de código aleatórios para confundir o sistema. Isso fez a buzina disparar, abrir o porta-malas e até impedir o funcionamento dos freios. Deveria haver um sistema antifalhas para os freios, mas manipulando os solenoides do ABS é possível bloquear o seu uso.
O ataque mais assustador é chamado “autodestruição” e basicamente faz uma contagem regressiva de 60 segundos e então desliga o motor e trava as portas.
Não é preciso se assustar tanto. Não é uma tarefa fácil para alguém sem experiência com programação acessar o CAN e reescrever o código em um carro moderno, mas só o fato de haver essa possibilidade é algo que os cientistas acreditam que os fabricantes deveriam considerar ao proteger esses sistemas.
O relatório completo da pesquisa pode ser encontrado aqui (em inglês).

sábado, 30 de abril de 2011

Teoria Geral da Relatividade, 94 anos.

Em 20 de março de 1916, Albert Einstein publicou sua Teoria Geral da Relatividade. As ideias gerais nela contidas haviam sido apresentadas em novembro do ano anterior, na Academia Prussiana de Ciências, e ocupavam o físico desde 1907. Eram uma tentativa de colocar em diálogo sua Teoria Restrita da Relatividade (apresentada em 1905) e a física de Galileu e Newton, um dos fundamentos da ciência moderna. Mas abalavam as certezas anteriores (e ainda hoje predominantes, no senso comum) sobre tempo, espaço e movimento.
A imensa série de desdobramentos científicos e filosóficos da teoria de Einstein não cabe, evidentemente nestas linhas. Mas seu sentido geral é radicalizar a noção de que não há pontos de referência universais – nem, portanto, verdades únicas. Séculos antes, Galileu havia demonstrado que um mesmo fenômeno físico é visto de distintas maneiras, dependendo do ponto onde está o observador. Einstein acrescentou, a esta incerteza, muitas outras – relacionadas especialmente ao tempo. Também este, mostrou ele, dilata-se e se contrai. Não há um relógio universal, uma régua geral para todos os acontecimentos. Dois eventos que um observador vê como simultâneos podem não o ser para outro.
O interessante é que esta quebra de paradigmas científicos seria seguida, décadas mais tarde, por mudanças que sacudiram as noções sociais de tempo e a percepção sobre o status da ciência. Ao menos dois textos, disponíveis na Biblioteca Diplô, contribuem diretamente para este debate.
Em “O futuro do tempo”, Jérôme Deuvieau discute como a pós-modernidade dissolveu as réguas temporais mais importantes desde o Renascimento (as do trabalho) sem que nada tenha, ainda, ocupado seu lugar. Na Idade Média, considera ele, o tempo religioso dava sentido à vida. Mais tarde, este papel passou a ser exercido pelo labor, que cumpriu as três funções básicas antes preenchidas pela fé e seu serviço: a) Produzir vínculo social; b) Estabelecer laços entre atividade e "salvação"; c) Orientar o futuro, dando-lhe um sentido, agora secular.
Mas a deslegitimação do trabalho começa no século 19 e acelera-se no seguinte – por múltiplos fatores. Em países como a França, o tempo diretamente dedicado às atividades laborais cai de 70% da vida em vigília (em 1850) para 7% a 8%, hoje. As máquinas (o capital) encarregam-se de um conjunto crescente de atividades antes executadas por seres humanos. E as próprias aspirações dos indivíduos, na virada para o século 21, deslocam-se da acumulação de bens materiais para a "redescoberta de si".
O aspecto negativo destas transformações está, também ele, relacionado ao tempo e sua métrica. Os projetos anteriores de um "futuro melhor" por meio do trabalho coletivo perdem sentido – tanto os que apostavam nas supostas virtudes da disciplina capitalista quanto os que esperavam a coletivização da indústria. À falta de um futuro, busca-se desesperadamente o imediato: "o ser humano de hoje enxerga-se com direitos sobre o de amanhã, ameaçando o bem-estar, equilíbrio e às vezes a vida deste último".
A saída, imagina Deauvieau, está numa visão do futuro que substitua a velha ideia linear de tempo e "progresso" por outra, baseada na responsabilidade. Construir uma nova utopia é possível. Mas implica assumir posturas que já não se apoiam principalmente em nosso lugar na produção de riquezas – mas em nossa solidariedade com as gerações futuras, precaução com o planeta, preservação e multiplicação dos bens comuns.
A mudança de paradigma provocada pela Teoria da Relatividade suscita ainda outra linha de reflexão pouco convencional. Em "Outra ciência é possível", Jean-Marc Lévy-Leblond questiona uma das certezas que acompanham o Ocidente desde o Renascimento: o suposto caráter "neutro", "objetivo" e, portanto, "universal" do saber científico. É algo que resistiu, pensa ele, como um porto seguro no século 20. "Em um mundo no qual sistemas sociais, valores espirituais, formas estéticas vivem incessantes abalos, seria tranquilizador que a ciência oferecesse pelo menos um ponto fixo de referência, dentro do relativismo ambiente"...
Mas ao longo de seu texto, Leblond reúne elementos que contestam esta falsa segurança. O que chamamos hoje de "ciência" diz ele, é uma das múltiplas formas possíveis de produção do saber. Seu método, desenvolvido a partir da Grécia e baseado na abstração e na prova, é de fato um avanço em relação, por exemplo, às formulações empíricas dos egípcios. Regride mais tarde, para ressugir no Renascimento (com grande contribuição islâmica), associado à mecanização, ao "domínio da natureza" e à produção de riquezas. Mas pode perfeitamente estar em declínio. O comando mercantil que lhe deu força em outros tempos restringe gravemente, hoje, a "possibilidade de pesquisas especultaivas, sem garantia de sucesso imediato".
Não há ampliação de horizontes sem abandono das antigas referências. Assim como a Teoria da Relatividade nos liberta da segurança ilusória de um "tempo único", deveríamos estar abertos, conclui Leblond, a "outras formas de ciência". Mas não poderemos fazê-lo sem o doloroso reconhecimento de que não temos as chaves do saber... (Antonio Martins).

SAIBA MAIS:
> A Biblioteca Diplô oferece, além dos textos citados, fichas sobre Ciência, e Crise do Cientificismo e do Desenvolvimentismo
> Há verbetes ricos sobre Albert Einstein e a Teoria da Relatividade na versão em português da Wikipedia. Talvez o segundo exagere um pouco no recurso a fórmulas e equações. Um ótimo artigo sobre Albert Einstein – seu tempo, vida, obra e polêmicas – pode ser lido no site da Universidade Federal de Santa Maria, e acessado por aqui.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Isaac Newton, físico, matemático, astrônomo. " O cara ! "

Físico, matemático e astrônomo inglês, foi um dos mais influentes cientistas em toda a história da ciência. Nasceu em 25 de dezembro de 1642, numa fazenda em Lincolnshire, interior da Inglaterra. Legou ao mundo o cálculo diferencial e integral, a mecânica e a óptica racionais e a teoria da gravitação universal – uma obra que consolidou a revolução científica do século XVII. Estudou no Trinity College de Cambridge, onde recebeu em 1665 o título de bacharel, aos 23 anos. Nesse mesmo ano, foi obrigado a se recolher à sua aldeia natal devido à peste que assolava a Inglaterra. Ficou na fazenda de sua mãe por aproximadamente dois anos (1665-1667), período mais tarde chamado de “os anos admiráveis” pelos historiadores da ciência. A lei da gravitação universal, a teoria da decomposição da luz solar no espectro, os anéis coloridos das lâminas delgadas, sistematizados anos depois, foram frutos de reflexões dessa época de ociosidade involuntária.

A maçã e a lei da gravitação: Foi naqueles “anos admiráveis” que Newton teria observado uma maçã caindo no chão e, a partir desse fato simples, dado início às reflexões que desembocariam na lei da gravitação universal: a força que havia puxado a fruta para a terra era a mesma que puxava a Lua, impedindo-a de escapar de sua órbita. Sistematizando astrônomos anteriores, como Galileu e Kepler, Newton formulou o seguinte princípio: “A velocidade da queda de um corpo é proporcional à força da gravidade e inversamente proporcional ao quadrado da distância até o centro da Terra“. Foi a primeira vez que uma mesma lei física foi aplicada tanto a objetos terrestres quanto a corpos celestes. Até então, esses dois mundos eram tratados como se tivessem naturezas essencialmente diferentes, cada qual com as próprias leis. Ao firmar o princípio da gravitação universal, Newton eliminou a dependência da ação divina e influenciou profundamente o pensamento filosófico do século XVIII, dando início à ciência moderna.

Cálculo infinitesimal: Em 1667, Newton retornou a Cambridge e redigiu o princípio que trata da atração dos corpos, mas só o retomou 15 anos depois, em 1682, reagindo a uma provocação do astrônomo Edmund Halley (o do cometa). Nos anos seguintes, ainda iniciais em sua carreira, Newton estava mais interessado na mecânica celeste: desenvolveu o cálculo infinitesimal, chamando-o de “método matemático dos fluxos”, e descobriu a aceleração circular uniforme, a que deu o nome de “centrípeta”, supondo que o princípio determinante da gravitação terrestre seria o mesmo que governava a rotação da Lua ao redor da Terra, mas, como a comprovação dessa teoria exigia conhecer a medida exata do raio terrestre, Newton abandonou os trabalhos nesse terreno. Dedicou-se, então, à óptica, formulando, em 1669, sua teoria das cores, sobre a decomposição da luz solar por meio de um prisma.

O prisma e o telescópio: Das experiências de Newton com a luz, a mais conhecida é a de refração da luz: um raio de sol penetra numa sala escura, atravessa um prisma de vidro e sai do outro lado como um feixe de luzes de diferentes cores, dispostas na mesma ordem em que aparecem no arco-íris. Para garantir que o prisma não teria adicionado novas cores ao feixe, Newton fez o feixe colorido passar por um segundo prisma. Resultado: as cores voltaram a se juntar em outro feixe, de luz branca, igual ao inicial. Depois dessa descoberta, o cientista inglês percebeu que o fenômeno da refração luminosa ocorria sempre que a luz atravessava prismas ou lentes (de modo menos pronunciado) e isso limitava a eficiência dos telescópios. Inventou, então, um telescópio refletor, em que a concentração da luz era feita por um espelho parabólico e não por uma lente. Apresentado à academia em 1671, o princípio desse telescópio é utilizado até hoje.

Princípios: Em 1671, Newton assumiu a vaga de professor catedrático de Matemática da Universidade de Cambridge e, no ano seguinte, eleito para a Royal Society, revelou sua teoria das cores, publicada no livreto Nova Teoria da Luz e da Cor. Demonstrou que as cores primitivas ou fundamentais – amarelo, azul e vermelho – possuem caráter especial e não são passíveis de decomposição, e, nos anos seguintes, tratou das propriedades da luz, explicou a produção das cores por lâminas delgadas e formulou a teoria corpuscular da luz.
Em agosto de 1684, aos 42 anos, Newton recebeu a visita do jovem e brilhante astrônomo Edmond Halley, que fora de Londres a Cambridge com o único objetivo de interrogá-lo sobre o assunto do momento nas rodas de ciência: como explicar o movimento dos planetas, observado pelos astrônomos, a partir das “leis da física”? Newton retomou, então, suas reflexões sobre a mecânica celeste. O resultado foi sua obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural), que propõe três axiomas básicos:

1 – A menos que uma força externa atue, todo corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme (princípio da inércia).
2 – Caso uma força externa atue, a aceleração que o corpo recebe dela é diretamente proporcional à sua intensidade (princípio fundamental da dinâmica).
3 – Ao receber uma força de outro, o corpo também exerce sobre este uma força de igual intensidade, mesma direção e sentido contrário (princípio da ação e reação).

A aparente simplicidade desses princípios é resultado de um enorme esforço intelectual empreendido por Newton e criou as bases da ciência moderna. Não apenas os movimentos dos planetas, mas também dos cometas e das marés, são examinados à luz de princípios matemáticos. O trabalho obteve grande repercussão internacional e mudou a vida do cientista. Eleito para o Parlamento em 1687, foi nomeado para a Superintendência da Casa da Moeda em 1696, quando trocou Cambridge por Londres. A saída da Universidade representou o fim da atividade científica, mas o início de seu poderio político nos círculos científicos. Adulado por todos, foi eleito presidente da Royal Society em 1703 e, dois anos depois, sagrado cavaleiro.
Sir Isaac Newton dirigiu a instituição com mão de ferro até sua morte, em 20 de março de 1727.

Seu epitáfio foi escrito pelo poeta Alexander Pope:
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A natureza e as leis da natureza estavam imersas em trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou.
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Texto publicado originalmente em http://nerdice.com/category/ciencia/fisica/  por Marianne em 01/12/2010.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Nova lâmpada híbrida de halogênio e fluorescente compacta, a "Hybrid-CFL - UpGE", promete economizar energia e ter brilho instantâneo assim que energizada.

Quer uma lâmpada com mais luz, energeticamente eficiente, mas não gosta de como as lâmpadas fluorescentes compactas demoram para aquecer e atinjir o brilho total, ou quer pagar R$ 20 a R$ 50 ou mais por uma lâmpada LED de alta eficiência energética (light emitting diode) lâmpadas?

A GE Iluminação está lançando uma lâmpada halógena híbrido-CFL, destinada a quem deseja mais brilho imediato de uma lâmpada com poupança de energia. As lâmpadas de halogéneo-CFL híbrido combinam os atributos de três tecnologias de iluminação popular: Uma cápsula halógena imediatamente  brilhante está situada dentro do redemoinho de uma lâmpada fluorescente compacta, tudo acondicionado dentro do bulbo de vidro de uma lâmpada incandescente de forma familiar. O elemento halogênio acende imediatamente e apaga uma vez que a CFL atinge o brilho total, preservando a eficiência energética da lâmpada.
 "Parece que uma lâmpada incandescente em tamanho e forma, mas é realmente três lâmpadas em uma", observa Kristin Gibbs, gerente geral de marketing ao consumidor da GE Iluminação. "É uma escolha ideal para uso em corredores, escadas, cozinhas, banheiros e em qualquer lugar onde o brilho imediato é essencial. Basta virar a chave de luz e está em serviço imediatamente. "
 Estas novas lâmpadas da GE oferecem vida útil oito vezes maior do que a vida de lâmpadas incandescentes (8.000 horas contra 1.000 horas). Os novos produtos, compatíveis com RoHS, nas potências de 15 e 20 watts ( GE Energy Smart Soft White (2700 Kelvin) e Reveal (2500 Kelvin) são lâmpadas fluorescentes compactas com baixos níveis de mercúrio (1 mg) quem podem substituir a de lâmpadas incandescentes de 60/75 watts  ou as lâmpadas fluorescentes compactas que não oferecem uma boa qualidade de luz ou brilho instantâneo. Atualmente lâmpadas fluorescentes compactas disponíveis no mercado contêm 1,5 mg a 3,5 mg de mercúrio. Essas novas lâmpadas possuem, então, um grande apelo ecológico.
 Varejistas devem definir os preços futuramente, mas os clientes podem esperar pagar entre US$ 5,99 e US$ 9,99, com base na linha de produtos e potência. As lâmpadas estarão disponíveis a nível nacional até o dia 22 de abril de 2011, nos Estados Unidos.
 A partir de 2012 e continuando até 2014, as lâmpadas incandescentes comuns não estarão mais  disponíveis,  como resultado de padrões de eficiência americanos iluminação. A partir de janeiro de 2012, as lâmpadas incandescentes de 100 watts devem ser de 25 a 30 por cento mais eficientes. O mesmo vale para lâmpadas de 75 watts, em janeiro de 2013 e lâmpadas de 40 watts, em janeiro de 2014. Os padrões mais eficientes, provavelmente resultarão em uma redução gradual das lâmpadas incandescentes.
Só nos resta esperar que os nossos governantes adotem tais medidas aqui no Brasil também, pois além de representarem enorme economia de energia significam também um grande avanço em tecnologia de iluminação.

sábado, 19 de março de 2011

Níveis de radiação no Japão, em tempo real, monitorados pelo SPEEDI.

O sistema SPEEDI (System for Prediction of Environment Emergency Dose Information) monitora em tempo real os níveis de radiação em decorrencia do acidente com a usina nuclear de Fukushima no Japão. (O carregamento das imagens leva alguns segundos: aguarde.)




Clique na imagem para ampliar.

sábado, 12 de março de 2011

Hora do Planeta 2011 - Saiba o que é, participe e divulgue !

A Hora do Planeta é uma festa! Uma grande comemoração que reúne mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. Juntos com o WWF-Brasil queremos mostrar que o aquecimento global não está com nada e que precisamos de medidas urgentes para manter o nosso planeta.
Para a festa ficar completa chame seus amigos e familiares. Somos nós todos juntos que vamos fazer a diferença. Seja um disseminador da Hora do Planeta e espalhe essa mensagem o máximo que puder.

No sábado 26 de março, entre 20h30 e 21h30, você e o mundo inteiro vão apagar as luzes por sessenta minutos em sinal de alerta contra o aquecimento global.
Estão secionadas aqui algumas ações simples que você pode fazer para participar ativamente na divulgação e ajudar o WWF-Brasil a mobilizar o maior número de pessoas:

- O primeiro passo após acessar o web site oficial (http://www.horadoplaneta.org.br/) é se cadastrar em “Quero Participar”. Assim o WWF-Brasil pode computar seu nome como participante e enviar as atualizações da mobilização;
- Depois acesse a área “Participe” do site e baixe o material que preparamos para você espalhar a mensagem da Hora do Planeta;
- Use as mídias sociais para falar da Hora do Planeta. Entre na comunidade Orkut e divulgue-a. Curta a página do Facebook e compartilhe notícias no seu mural. Espalhe a Hora do Planeta no Twitter. Seus seguidores vão gostar de saber que você faz parte do movimento;
- Se você tem um blog, publique notícias sobre a Hora do Planeta e insira um banner do movimento;
- Importante: em todas essas ações, coloque sempre o link http://www.horadoplaneta.org.br/;
- E não se esqueça: no sábado 26 de março apague as luzes entre 20h30 e 21h30.

 
Isso é só o começo. Use a sua criatividade em favor do planeta. Crie seu próprio cartaz, escreva uma música, faça um vídeo. A Hora do Planeta é um movimento das pessoas, e fica muito melhor com a participação de todos!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nikola Tesla - Um gênio injustiçado e taxado como cientista maluco por muitos.

Nikola Tesla (Nicola Tesla ou Никола Тесла) (Smiljan, Império Austríaco, 10 de Julho de 1856 — Nova Iorque, 7 de Janeiro de 1943) foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e electrotécnica, de etnia sérvia nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. Era súbdito do Império Austríaco por nascimento e mais tarde tornou-se um cidadão estadounidense.[2] Tesla é muitas vezes descrito como um importante cientista e inventor da idade moderna, um homem que "espalhou luz sobre a face da Terra".[3] É mais conhecido pela suas muitas contribuições revolucionárias no campo do electromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. As patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência eléctrica em corrente alterna (AC), incluindo os sistemas de distribuição de energia multifásicos e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial. 
Campo magnético rotativo trifásico.

Depois da sua demonstração de transmissão sem fios (rádio) em 1894 e após ser o vencedor da "Guerra das Correntes", tornou-se largamente respeitado como um dos maiores engenheiros electrotécnicos que trabalhavam nos EUA. Muitos dos seus primeiros trabalhos foram pioneiros na moderna engenharia electrotécnica e muitas das suas descobertas foram importantes a desbravar caminho para o futuro. Durante este período, nos Estados Unidos, a fama de Tesla rivalizou com a de qualquer outro inventor ou cientista da história e cultura popular, mas devido à sua personalidade excêntrica e às suas afirmações aparentemente bizarras e inacreditáveis sobre possíveis desenvolvimentos científicos, Tesla caiu eventualmente no ostracismo e olhado como um cientista louco.
A unidade de SI que mede a densidade do fluxo magnético ou a indução magnética (geralmente conhecida como campo magnético "B"), o tesla, foi nomeada em sua honra (na Conférence Générale des Poids et Mesures, Paris, 1960), assim como o efeito Tesla da transmissão sem-fio de energia para aparelhos electrónicos com energia sem fio, que Tesla demonstrou numa escala menor (lâmpadas eléctricas) já em 1893 e aspirava usar para a transmissão intercontinental de níveis industriais de energia no seu projecto inacabado da Wardenclyffe Tower.
Descarga elétrica de Tesla.
Aparte os seus trabalhos em electromagnetismo e engenharia electromecânica, Tesla contribuiu em diferentes medidas para o estabelecimento da robótica, controle remoto, radar e ciência computacional, e para a expansão da balística, física nuclear, e física teórica. Em 1943 o Supremo Tribunal dos Estados Unidos acreditou-o como sendo o inventor da rádio. Muitos das suas realizações foram usadas, com alguma controvérsia, para apoiar várias pseudociências, teorias sobre OVNIs, e as primeiras formas de ocultismo New Age.
Tesla recebeu da Checoslováquia a mais alta ordem do Leão Branco.
Em 1882 deslocou-se para Paris, França para trabalhar como engenheiro na "Continental Edison Company", desenhando aperfeiçoamentos em equipamentos eléctricos. Também trabalhou em Lyon.
Tesla mudou-se para os Estados Unidos da América em 1884, estabelecendo-se em Nova Iorque e tornando-se um assistente do famoso cientista da época Thomas Alva Edison. Distinguindo-se como um bom engenheiro, dois anos mais tarde, viajou à Nova York para conhecer o presidente da companhia: o próprio Thomas Edison.
Tesla em seu laboratório.
Este encontro não foi harmônico e mental como Tesla havia sonhado. Edison o observou com desdén, e certamente não tinha a menos intenção em colaborar com qualquer esquema AC. Edison via AC como um sonho impossível na melhor das hipóteses, ou, na pior, uma ameaça a seu império DC.
Tesla tentou tirar o melhor proveito possível da situação ao prometer para Edison que ele poderia levar a tecnologia DC existente até seu mais alto nível possível. Ele prometeu aumentar a eficiência de dínamos em 25% em dois meses. Céptico, Edison disse a Tesla que se ele assim conseguisse, ele lhe pagaria cinquenta mil dólares.
Exercendo um esforço massivo, virtualmente sem paradas, Tesla conseguiu cumprir com a promessa, melhorando os dínamos por uma margem até mesmo maior do que a prometida a Edison. Mas, quando pediu por seus cinquenta mil dólares, Edison recusou-se a honrar o acordo, dizendo que estava apenas brincando. Irado, Tesla demitiu-se e nunca mais trabalhou com Edison. Após a demissão Tesla  passa por um período difícil, realizando trabalho braçal.
Em 1887, consegue realizar um contrato com um grande investidor e vende sua patente da corrente alternada para George Westinghouse, que convence o governo americano a adotar o modelo-padrão de corrente alternada como meio mais eficiente para a distribuição de energia elétrica, contrariando interesses de seu antigo empregador Thomas Edison.
Quando viaja pelos Estados Unidos e Europa, a partir de 1891, apresenta novos ensaios científicos, detalhando aplicações insuspeitadas sobre a aplicação da corrente alternada de alta frequência e várias outras descobertas. Desenvolve a partir desse período um conjunto extenso de inventos para produção e uso da eletricidade, como o motor elétrico e registra outra centena de patentes, como o acoplamento de dois circuitos por indução mútua, princípio adotado nos primeiros geradores industriais de ondas hertz, o princípio e metodologia de criar energia (corrente alternada) através de campo magnético rotativo, o motor assíncrono de campo giratório, entre outros.
Inventou também a corrente polifásica, comutadores elétricos e ligação em estrela, novos tipos de geradores e transformadores, comunicação sem fio, a lâmpada fluorescente, controle remoto por rádio e protótipos de transmissão de energia.
Tesla foi logo abordado por um grupo de investidores que desejavam vender a lâmpada de arco que ele havia inventado. Assim, nasceu a Companhia Elétrica Tesla. Tesla estava ansioso por esta oportunidade de trazer a corrente alternada ao mundo, mas seus investidores nada queriam com ela. Assim, Tesla foi rejeitado pela companhia que tinha seu próprio nome.
Esta empresa logo entrou em dificuldades e suas ações rapidamente perderam o valor, deixando Tesla falido, e sem seus direitos sobre a lâmpada de arco. Quebrado, uma das mentes mais brilhantes do mundo foi reduzido a trabalhos braçais ganhando um dólar por dia. Ele planejou cometer suicídio no seu trigésimo aniversário, à meia noite em ponto.
Antes que isso ocorresse, porém, A. K. Brown da Western Union soube da situação de Tesla. Brown, determinado a devolver o gênio a seu lugar no mundo, ofereceu-lhe um laboratório próprio, e a chance de pesquisar a corrente alternada.
Salvo, Tesla imediatamente começou a trabalhar em seu dínamo AC. Finalmente, ele funcionou exatamente como tinha funcionado todos estes anos dentro de sua mente. Tesla demonstrou sua invenção ao público, e logo tornou-se a sensação da comunidade engenheira.
Turbina de Tesla.
Dentre os convertidos por suas palestras à corrente alternada, estava George Westinghouse, quem negociou com Tesla a fabricação dos dínamos. A primeira aplicação desta tecnologia: As cataratas do Niagara. Westinghouse venceu a concorrência para a utilização do Niagara, oferecendo metade do que Edison ofereceu para a instalação de um sistema DC. Em 1895, O sistema de energia Ac de Niagara foi inaugurado sem uma única falha, transmitindo energia até búffalo, a aproximadamente trinta e três quilômetros de distância, uma total impossibilidade com corrente contínua. Não mais uma comodidade luxuosa reservada aos ricos, a energia elétrica agora poderia ser usada por todos.
Pela primeira vez em sua vida, Nikola Tesla era um sucesso imbatível.

Vida pessoal

Tesla era fluente em muitos idiomas. Além do sérvio, falava ainda sete outras línguas: checo, inglês, francês, alemão, húngaro, italiano, e latim.
Tesla pode ter sofrido de transtorno obsessivo-compulsivo, e tinha muitas manias e fobias pouco habituais. Fazia as coisas de acordo com o número três, e era inflexível em relação a ficar em quartos de hotel cujo número era divisível por três. Tesla era também notado por ficar fisicamente revoltado por joalharia, sobretudo brincos de pérola. Era fastidioso acerca da limpeza e higiene, e era, segundo a opinião corrente, misofóbico.
Tesla era obcecado por pombos, encomendando sementes especiais para os pombos que alimentava no Central Park e chegando mesmo a trazer alguns com ele para o seu quarto de hotel. Tesla era um amante de animais, lembrando-se muitas vezes com contentamento dum gato que tinha todo na infância, "O Magnífico Macak." Tesla nunca se casou. Era celibatário e afirmava que a castidade era muito útil às suas capacidades científicas. No entanto, existiram numerosos relatos de mulheres disputando a afeição de Tesla, algumas mesmo loucas de amor por ele. Tesla, embora delicado, reagia de um modo ambivalente a essas mulheres, no sentido romântico.
Tesla era sujeito a se alienar e era geralmente murmurado. No entanto, quando realmente participava na vida social, muitas pessoas o referiam de um modo muito positivo e admirador. Robert Underwood Johnson descreveu-o como atingindo uma "distinta doçura, sinceridade, modéstia, refinamento, generosidade, e força." A sua leal secretária, Dorothy Skerrit, escreveu: "o seu sorriso genial e postura nobre sempre evidenciaram o carácter cavalheiresco que estava tão arraigado na sua alma." Hawthorne, amigo de Tesla, escreveu que "poucas vezes se conhece um cientista ou engenheiro que também seja um poeta, um filósofo, um apreciador de música erudita, um linguista, e um connoisseur de comida e bebida."
No entanto, Tesla por vezes mostrava traços de crueldade; expressava abertamente a sua repulsa por pessoas obesas, tendo despedido certa vez uma secretária devido ao seu peso. Era também rápido a criticar as roupas dos outros, e em muitas ocasições ordenou uma subordinada que fosse a casa e mudasse de vestido.
Tesla era largamente conhecido pela sua teatralidade, apresentando as suas inovações e demonstrações ao público de uma forma artística, quase como um mágico. Isto parece não estar de acordo com a sua observada propensão à reclusão; Tesla era uma figura complexa. Recusava-se a seguir as convenções sem a sua bobine Tesla bombardeando electricidade através da sala, apesar da audiência muitas vezes estar aterrorizada, embora assegurasse que era tudo absolutamente seguro.
Na meia idade, Tesla tornou-se um amigo muito próximo de Mark Twain, passando ambos muito tempo juntos no seu laboratório e em outros lugares.
Nos seus últimos anos Tesla tornou-se um vegetariano. Num artigo da Century Illustrated Magazine escreveu: "É de certo preferível cultivar vegetais e, penso eu, portanto, que o vegetarianismo é uma alternativa recomendável aos hábitos bárbaros estabelecidos." Tesla argumentava que é errado comer carne cara quando um número tão elevado de pessoas está à fome; Também acreditava que a alimentação vegetal era "superior a isso [carne] tanto no desempenho mecânico como mental". Também argumentava que o abate dos animais era "imoral e cruel".
Tesla não gostava de posar para retratos, fazendo-o somente uma vez para a princesa Vilma Lwoff-Parlaghy. O seu desejo era ter uma estátua executada pelo seu amigo próximo, o escultor croata Ivan Meštrović, que nessa época estava nos Estados Unidos, mas morreu sem que tivesse hipótese de a ver. Meštrović fez um busto de bronze (1952) que se encontra no Museu Nikola Tesla em Belgrado e uma estátua (1955/56) colocada no Instituto Ruđer Bošković em Zagreb. Esta estátua foi deslocada para a Rua Nikola Tesla no centro da cidade de Zagreb no 150º aniversário do nascimento de Tesla, tendo o Instituto Ruđer Bošković recebido um duplicado. Em 1976, uma estátua de bronze de Tesla foi colocada nas cataratas do Niágara, Nova Iorque. uma estátua semelhante foi também erguida na sua cidade natal de Gospić em 1986.
A unidade SI tesla (T) que mede a densidade do fluxo magnético ou indução magnética (geralmente conhecida como campo magnético B) foi nomeada em honra de Tesla na Conférence Générale des Poids et Mesures, Paris em 1960. O Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) do qual Tesla foi vice presidente também criou um prémio em homenagem a Tesla. Designado por IEEE Nikola Tesla Award, é atribuído a um indivíduo ou equipa que tenha contribuido de um modo extraordinário para a geração ou utilização de energia eléctrica, e é considerado como o prémio de maior prestígio na área da energia eléctrica. A cratera Tesla no lado mais distante da Lua e o planeta menor 2244 Tesla foram também nomeados em sua honra.
Museu Nikola Tesla em Belgrado, Sérvia.
No final da sua vida sofria de sensibilidade extrema à luz, som e outras influências.
Nos anos após a sua morte, muitas das suas inovações, teorias e alegações têm sido usadas, por vezes de forma forçada e controversa, para apoiar várias teorias excêntricas que não são vistas como científicas. Muito do trabalho próprio de Tesla obedece aos princípios e métodos aceites pela ciência, mas a sua personalidade extravagante e as alegações por vezes pouco realistas, combinadas com o seu génio inquestionável, tornaram-no uma figura popular entre teóricos excêntricos e seguidores de teorias da conspiração sobre "conhecimento oculto". Mesmo durante a sua vida, alguns acreditavam que era realmente um ser angélico venusiano enviado à Terra para revelar conhecimento científico à humanidade. Esta crença é mantida hoje em dia pelos seguidores do Nuwaubianismo.