terça-feira, 23 de agosto de 2011

Estudante usa volante de motor de Porsche para melhorar as pedaladas

Se você conhece um pouco de física e de mecânica, sabe que quanto mais rápido um volante de motor (flywheel) gira, mais energia ele armazena. À medida em que essa energia é liberada como torque, sua velocidade reduz. Utilizando este princípio um estudante de engenharia enfiou um mecanismo da Porsche em uma bicicleta para funcionar como acumulador de energia em seus passeios.
Maxwell von Stein, um estudante da Cooper Union de Nova Iorque, instalou no quadro de uma bicicleta um volante de 6,8 kg conectado à uma transmissão CVT NuVinci na roda traseira. Ao selecionar a relação (de marcha) de “carga” , a velocidade do volante aumenta durante as frenagens ou descidas. Ao selecionar a relação de “boost”, converte a velocidade do volante em torque para acelerar ou subir uma ladeira. O resultado, diz von Stein, é uma economia de 10% de energia vinda dos pedais durante uma volta com média de 20 a 25 km/h.
O projeto também rendeu a von Stein um Prêmio Nicholas Stefano pelo notável projeto de engenharia mecânica sênior. Será que no futuro haverá um KERS para o Tour De France?


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Robô construído após a Segunda Guerra ainda funciona

Em 1950, o ex-oficial da Royal Air Force Tony Sale construiu um robô humanoide, um dos primeiros da Grã-Bretanha, a partir dos pedaços de um bombardeiro caído. Depois de passar 45 anos guardado em uma garagem, o robô ainda está andando muito bem.
Depois de uma expedição à garagem, Sale decidiu tentar reanimar o robô e teve sucesso. “Eu coloquei um pouco de óleo nos mancais e acrescentou um par de novas baterias de lítio em suas pernas, liguei-o e ele andou. Foi um momento lindo”, narra o ex-oficial, que entrou na Força Aérea em 1949 para ensinar os pilotos a utilizarem o radar na base de RAF Debden, em Essex, Inglaterra. 
Durante o tempo que passou ali, ele construiu a maior e mais sofisticada versão de George até à data, feita de alumínio e duralumínio de um bombardeiro Wellington, que caiu perto da base. George tinha seis metros de altura e utilizava duas baterias da motocicleta, o que o permitiu andar, virar a cabeça, mover seus braços e sentar-se. Apesar do tamanho e das habilidades, o robô ganhou pouca atenção da imprensa na época, mas logo foi esquecido porque os computadores da época não eram avançados o suficiente para fazer dele “inteligente”.
George também foi resultado de anos de prática. Tony Sale tem agora 79 anos, mas construiu seu primeiro robô, George, em 1940, quando tinha apenas 12. George acompanhou o crescimento de seu criador e ficou, além de mais alto, mais complexo. Ele ganhou também uma mandíbula móvel para simular a fala e um controle remoto por rádio.
Agora George vai deixar a garagem de Sale e vai morar no Museu Nacional de Computação, em Bletchley Park. Uma casa bem mais digna para um robô que é também uma peça histórica. [Gizmodo]
Por Rafael Alves em 2.12.2010 as 22:59, originalmente em http://hypescience.com/

Quase humanos: nova “pele” torna robôs mais sensíveis ao ambiente

Os robôs estão cada vez mais parecidos com os seres humanos. Agora, eles podem até sentir o calor do sol ou detectar a brisa do vento. Tudo graças uma a pele robótica ultrassensível, desenvolvida por pesquisadores alemães.
A nova pele permite que os robôs sintam desde a temperatura do ambiente até o mais leve toque, como finos cabelos humanos sendo pressionados contra a pele. A cútis robótica contém 5 centímetros quadrados de sensores em forma de placas hexagonais. Cada pequena placa possui quatro sensores infravermelhos que identificam objetos mais próximos do que um centímetro da pele. Além disso, há seis sensores de temperatura e um sensor que permite que os robôs registrem o movimento de cada um de seus membros, individualmente.
Os sinais dos sensores são processados em um computador central, que armazena os dados e permite separar as diferentes sensações, como um toque ou a temperatura ambiente.
A pele já parece um avanço assustador que deixará os robôs tão sensíveis ao ambiente quanto os humanos, mas não para por aí. Os robôs equipados com a pele ultrassensível receberam também câmeras como os olhos, mãos e scanners infravermelhos – tudo para que ficassem semelhantes a nós.
Mas não se assustem, pois a invenção não foi feita para os robôs dominarem o mundo; o avanço pode ser muito positivo. Com o desenvolvimento dessa tecnologia, robôs como esses poderão ajudar pessoas para que elas possam se deslocar em diferentes ambientes em segurança, o que seria um grande facilitador para cegos, por exemplo.
A pele robótica foi desenvolvida para poder reagir a diferentes sensações nos menores espaços possíveis. A pele ainda não está completa, mas 15 sensores em um pequeno espaço dela já demonstram que o invento funciona. Um leve toque na pele artificial faz com que o braço do robô reaja. Os pesquisadores desejam agora avançar nas pesquisas incluindo outros sensores na pele, como os que identificam a pressão.[DailyTech]
Por Stephanie D’Ornelas em 4.07.2011 as 16:32 originalmente em http://hypescience.com/