sábado, 25 de setembro de 2010

Homenagem ao físico Giuseppe Occhialini.

Homenagem a um dos fundadores da Física no Brasil. No centenário de seu nascimento, uma mostra itinerante em sua homenagem, passou por Roma, Milão e outras cidades italianas.
Os trabalhos desse cientista acompanharam momentos fundamentais da física do século XX, como a descoberta da anti-matéria de novas partículas, e foram ponto de partida para a exploração do Universo através de raios X e raios gama, e para o programa de exploração espacial europeu.
Trabalhou com dois laureados com o prêmio Nobel, Patrick Maynard Blackett (1897-1974) (premiado em 1948 pelo desenvolvimento da câmara de neblina e pelas contribuições às pesquisas nucleares e da radiação cósmica) e Cecil Frank Powell (1903 -1969) (premiado em 1950 pelo desenvolvimento de emulsões fotográficas e pela descoberta do píon). Occhialinin por duas vezes esteve bem próximo de ganhar o prêmio.


Em 1937 Occhialini veio para o Brasil onde, juntamente com Gleb Wataghin (1899-1986), deu início as primeiras atividades de pesquisa em Física no Brasil formando o primeiro grupo de estudantes na Faculdade de Filosofia e Letras, onde fundou o Departamento de Física (atual IF/USP). Um dos seus primeiros alunos foi Cesar Lattes que o acompanhou à Bristol onde trabalhando no grupo de Powell, descobriram o méson pi.
A dedicação à pesquisa, em especial àquela com raios cósmicos, tem sido homenageada internacionalmente de várias formas. O último reconhecimento da importância de seus trabalhos foi póstumo. Em 1996, as agências espaciais italiana, holandesa e européia batizaram o satélite de exploração do Universo através de raios X com o nome Beppo SAX., pois Occhialinni era chamado Beppo por seus amigos. Durante 6 anos esse satélite recolheu imagens do Universo homenageando o grande cientista.

Occhialini no Brasil

O fascismo e o nazismo obrigam Occhialini a emigrar para o Brasil em 1937.
No Brasil, ajudou a formar os primeiros grupos de físicos brasileiros, tendo entre seus alunos Mário Schemberg (1914-1990) e Cesar Lattes (1924-2005). Este o acompanhou na mudança para Bristol, onde se juntaram ao grupo de Cecil Frank Powell (1903-1969) para descobrir o méson pi, primeira partícula submeleônica descoberta. Iniciava-se assim uma nova área da Física: a Física de Partículas Elementares. Esta descoberta valeu o Prêmio Nobel a Powell, em 1950. Occhialini também foi professor de Riccardo Giacconi, que venceu o Prêmio Nobel em 2002 pela descoberta de fontes cósmicas de raios X.
No Parque Nacional de Itatiaia, no Brasil, um dos picos da cadeia de montanhas Agulhas Negras, foi batizado Pico Occhialini. Das grutas que explorava, Occhialini desenhava mapas e relevos, manifestando não só um interesse esportivo, mas também aquela mistura de gosto pela aventura e de sede de conhecimento que caracteriza de fato o alpinismo, a espeleologia e a pesquisa.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O motor magnético.

Apesar do assunto moto-contínuo ser considerado um símbolo da utopia, devido ao fato de ir contra a segunda lei da termodinâmica, que diz que não se pode extrair energia de algo que está a mesma temperatura, e também por contrariar a primeira lei da termodinâmica, que informa que a energia não pode ser criada nem destruída, acho uma possibilidade que, de tão simples, talvez tenha passado despercebida por mentes mais acostumadas à complexidade.
O motor magnético.


Um amigo me mandou a dica deste video, realizado na Universidade de Tecnologia de Delft na Holanda. Este video registra a primeira exibição oficial do motor magnético. Embora a premissa beirasse o conceito do moto-contínuo – uma impossibilidade na física Clássica perseguida com obstinação por milhares de pessoas através dos séculos - talvez estivéssemos no limiar de uma era onde os conhecimentos científicos aplicados a novas descobertas acerca dos mistérios dos supercondutores e do magnetismo poderiam nos levar a um grau de otimização energética tamanha que aos olhos de um leigo seria como se o moto contínuo fosse realmente inventado.


O motor magnético está sendo pesquisado pelo MIT. Como podemos ver, os maiores centros de tecnologia do mundo vem investindo pesadas somas na tentativa de obtenção de energia de baixo custo. Isso é visão de futuro, isso é pensamento estratégico. E isso expõe muito claramente o abismo existente entre o primeiro mundo e os países emergentes.
Após a exibição do funcionamento do motor magnético ante aos olhos estupefatos de 30 cientistas, o motor foi pacientemente desmontado peça por peça.
A conclusão óbvia que podemos chegar vendo este modelo em escala operando gratuitamente é que “a energia grátis” só não será uma realidade graças a perfidiosa cobiça humana.
Isso será adotado? Eu duvido muito. A ciência é algo maravilhoso, mas esbarra em dogmas religiosos de um lado e em implicações econômicas muito fortes do outro. Da mesma forma que o gênio Nikola Tesla, movido por um idealismo humanista utópico cometeu o maior erro de sua carreira ao tentar prover energia grátis para todo o planeta Terra, os sonhos da energia grátis com base no motor magnético irão falhar miseravelmente.
Os grandes grupos que concentram o poder no mundo o fazem com base na questão energética. A energia é o que está por trás das reservas de petróleo e as respectivas guerras, a disputa por territórios e dinheiro. A questão energética afeta o desenvolvimento global como poucos elementos podem afetar.
Saber se um invento dá certo ou não, é complexo, mas alguns indicadores simples podem dar pistas sobre o que o destino reserva a certos inventos. Tipo: Se ele deixar alguém rico, tem boa chance de dar certo. Se ele deixar muita gente rica, tem uma altíssima chance de dar certo, mas se o invento tirar o dinheiro fácil de quem já vem ganhando há séculos, há uma boa, aliás, gigantesca chance de o inventor dar com os burros n´água.
Eu creio que não adianta criar algo sensacional, tão incrível que até parece mágica do David Blaine e não conseguir vender. Se eles conseguirem mostrar que com isso é possível lucrar muito mais, dando a ganhar aos caras que já vem ganhando há séculos com a energia, então há de fato uma chance de assistirmos ao limiar de uma nova era energética no mundo.
É importante ressaltar que isso NÃO É um moto contínuo. É um motor de alta eficiência. A premissa do moto contínuo é gerar energia espontaneamente. Neste caso pelo que eu entendi o cara dá uma única martelada e essa energia é multiplicada por uma complicada caixa de redução magnética no interior do equipamento, resultando em um absurdo aproveitamento da energia. De fato, parece bom demais para ser verdade, mas se os cientistas e professores da Universidade de Delft não acharam que é uma fraude, quem sou eu para achar qualquer coisa?
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Livro eletrônico ganha espaço na bienal

Fonte: Priscila Jordão, de INFO Online
http://info.abril.com.br/noticias/mercado/livro-eletronico-ganha-espaco-na-bienal-12082010-46.shl 
Livros digitais dividem espaço com os livros de papel na Bienal do Livro de São Paulo

SÃO PAULO - A Bienal do Livro, que acontece a cada dois anos em São Paulo, nunca foi tão tecnológica. Neste ano, além de livros de papel, marcam presença no evento os livros digitais, também conhecidos como e-readers. E eles estão chamando a atenção dos visitantes.
Não à toa. O e-reader tem sido bastante destacado pelos corredores da Bienal. No estande especial da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, o público pode conferir e ler obras em cerca de 50 aparelhos, entre Kindles, iPads, Readers da Sony e o aparelho nacional da livraria Gato Sabido, que estão em exibição. O estande é equipado com Wi-Fi e permite o download de livros gratuitos.
Com a iniciativa, o órgão público quer divulgar o e-reader como plataforma de leitura para o consumidor. Além disso, apresentar aos leitores os seus livros que já estão no formato digital (cerca de 180 e todos gratuitos).
Grandes livrarias, como a Saraiva, também aproveitam a ocasião para divulgar seus livros digitais. No endereço www.livrariasaraiva.com.br/livros-digitais, a livraria disponibiliza, por preços menores que os dos livros impressos, títulos como Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, e Caim, de José Saramago.
"Mas para comprar, o usuário baixa um aplicativo no site da Saraiva e, por ele, acessa o servidor da livraria e efetua o download", diz André Ferraz, analista de produtos digitais da Saraiva.Os livros são baixados para o computador, mas estão em formato protegido, de modo que só podem ser lidos no aplicativo da Saraiva. Porém, podem ser compartilhados com até seis plataformas, como smartphones e leitores eletrônicos.
A plataforma da Saraiva, explica Ferraz, terá divulgação em massa somente quando houver também um aplicativo para iPad, o que deve acontecer em breve. "Nossa aposta é em plataformas móveis. Por isso, estamos aguardando a finalização do aplicativo para fazer um anúncio grande ao mercado", afirma Ferraz.
Outros expositores do evento, como o Submarino, também montaram estandes dedicados especialmente ao universo digital. Na Bienal, a empresa fez o anúncio de uma parceria com a Gato Sabido, cujo site ficará hospedado dentro do Submarino.
"O Submarino não vendia e-readers e precisava entrar nesse ramo. Por isso firmou a parceria conosco", afirma Luciana Legey, sócia da Gato Sabido. A livraria trouxe cerca de 48 e-readers para o evento, que estão sendo expostos em vários estandes de editoras, inclusive de livros infantis.
Já as editoras menores, apesar de não terem suas próprias lojas de livros digitais, aproveitam para lançar seus títulos já em versões eletrônicas. A Giz Editorial, por exemplo, vende o livro digital Causos de uma vida empreendedora por 5 reais a menos que o impresso na livraria do leitor eletrônico Gato Sabido.

Os aparelhos "e-reader" estão sem imposto, agora. Demorou !

AGÊNCIA BRASIL
O turista brasileiro que quiser trazer um leitor eletrônico de livros digitais do exterior, sem pagar imposto e sem precisar recorrer à Justiça, poderá fazê-lo a partir de 1º de outubro.
Esta semana, o Diário Oficial da União publicou a Instrução Normativa 1.059 para detalhar a Portaria 440 que mudou as regras sobre os procedimentos de controle aduaneiro e o tratamento tributário aplicável aos bens de viajante. Pela decisão, bens considerados de uso pessoal estão isentos de tributos, exceto computadores pessoais e filmadoras.
Consultada, a Receita Federal informou que os leitores eletrônicos poderão ser considerados de uso pessoal desde que não agreguem componentes que deixem o dispositivo com a mesma configuração de um computador.
As discussões sobre os leitores digitais, por enquanto, são polêmicas. Embora os livros tenham imunidade tributária, os leitores digitais não têm. Recentemente, decisão da Justiça Federal em São Paulo concedeu mandado de segurança, com pedido de liminar, para que a Receita Federal não exija o pagamento de quaisquer tributos aduaneiros por ocasião do desembaraço do produto denominado Kindle, produzido por uma empresa dos Estados Unidos alegando imunidade tributária.
O argumento é que o “produto denominado comercialmente de Kindle possui a função exclusiva de leitor de jornais, revistas e periódicos” e, sendo assim, o produto estaria abrangido pela imunidade tributária estabelecida no Artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da Constituição Federal.
Por enquanto, a decisão sobre a imunidade tributária do produto só atende a um advogado e professor da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. Para que outras pessoas consigam o mesmo benefício na Justiça, é preciso entrar com novos pedidos de liminar, o que no final pode sair mais caro do que pagar os impostos para o leitor eletrônico. A Receita Federal ainda pode recorrer.
Os leitores de livros eletrônicos transferem pela internet os textos e podem armazenar, em alguns modelos, até 3,5 mil títulos. Além dos aparelhos estrangeiros, dois fabricantes brasileiros também produzem leitores eletrônicos de texto e pretendem concorrer com os importados. Sem impostos, os estrangeiros têm modelos mais em conta que custam aproximadamente US$ 137 (R$ 243). Já um modelo nacional tem sido anunciado a R$ 799.
No mês passado, o maior site de vendas de livros dos EUA anunciou que as vendas de títulos para o tipo de e-reader que comercializa já são, pela primeira vez, maiores que a venda de livros com capa dura. A notícia provocou debates na internet sobre o fim ou não dos livros de papel. Para a Receita, o que importa são as questões tributárias.
“Para efeitos de bagagem, não interessa se o Kindle vai ser ou não livro. A questão do livro é porque ele tem imunidade tributária e eu não posso tributar. Se, no futuro, a Justiça determinar que o Kindle é um livro, a Receita não tributará”, disse o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais, Fausto Vieira Coutinho.
“Se ele for somente um leitor de livros e substituir o seu livro de cabeceira, é considerado bem de uso pessoal e vai entrar, inclusive fora da cota. É diferente do iPad que acessa à internet”, disse.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Carros estão na mira dos hackers

Recursos tecnológicos deixam carro vulnerável, diz estudo.
Texto: Adriana Bernardino Sharada
Fotos: Koscher et al.

Imagine a cena: você esta guiando seu carro por uma avenida qualquer quando, alheio ao seu comando, o acelerador afunda no assoalho até você ficar colado no banco. Ou, em outra hipótese não menos arriscada, você começa a desenvolver velocidade quando o freio subitamente é acionado. Não, não se trata do demônio que possuía o chassi de Christine, o Carro Assassino, mas de demônios da modernidade: hackers. Depois de invadir computadores e celulares, os carros são as próximas vítimas.
Essa é a conclusão do estudo Experimental Security Analysis of a Modern Automobile (Análise Experimental de Segurança de um Automóvel Moderno, do inglês), apresentado no último mês, durante um simpósio de segurança realizado em Oakland, na Califórnia. Segundo cientistas, a mesma tecnologia que aumentou a eficiência e segurança dos veículos acarretará riscos potenciais nas mãos de pessoas mal-intencionadas.
Veículos modernos, com avançados recursos tecnológicos, já contam com a facilidade de os mecânicos fazerem o check-up e os ajustes necessários em diversas funções – como motor, ignição, freios etc. – por meio de conectores e softwares adequados. Embora cada função tenha seu próprio microcontrolador, todas elas podem ser acessadas conectando-se à rede interna do veículo, já que todos os sistemas estão ligados a uma mesma rede. Esse seria um dos pontos de vulnerabilidade apontado pelo estudo.
Depois de uma série de testes, tanto em laboratório quanto na estrada, os cientistas demonstraram que é possível burlar o sistema de segurança do carro, ainda que não se tenha o software da fabricante. Em um dos testes realizados, os pesquisadores desligaram o motor e desativaram os freios de um veículo a 65 km/h através dos solenóides do ABS.
Para os cientistas, a pesquisa serve de alerta à indústria automobilística, que deve se preocupar não apenas em fazer carros supertecnológicos, mas também em começar a desenvolver antivírus para eles.

Fonte: Inovação Tecnológica

sábado, 22 de maio de 2010

Uma gambiarra (no sentido literal)

Em uma vila no Malauí, garoto transforma a vida de todos usando sucata e livros amarelados de física elementar.
por Rafael Cabral

William Kamkwamba, 22 anos, estudante.

Sucata, uma bicicleta enferrujada, dois livros amarelados de física elementar, peças de um motor achadas em um ferro velho e, acima de tudo, muito esforço e criatividade. Foi com esse material que fez com que a vida de William Kamkwamba, que passava fome na parte rural do Malauí, virasse do avesso.
Aos 14 anos, o menino largara a escola – sem dinheiro para os US$ 80 anuais exigidos por aluno – e era forçado a cavar o chão em busca de raízes ou cascas de banana, os únicos alimentos possíveis em meio à seca que matava de inanição os habitantes de seu vilarejo, Wimbe. Falido, faminto e sem perspectivas, decidiu parar de imaginar que as coisas se resolveriam com um milagre: era melhor se virar com que tinha, e bem rápido.
Em abundância, havia sol, vento e sucata. "E se eu tentasse fazer algo com isso?", pensava, folheando os livros de ciência de uma minúscula biblioteca improvisada pelo governo norte-americano. Mesmo sem saber inglês, a língua em que as obras eram escritas, fascinava-se com a imagens que mostravam geradores de energia, inexistentes na sua vila e em grande parte do Malauí, o 138º país do mundo em geração e consumo de eletricidade. Por lá, isso é luxo de 2% da população.
Mas foi só quando topou com a capa do livro didático Using Energy, estampando um moinho de vento, que uma lâmpada acendeu em sua cabeça. "Com aquilo, tudo melhoraria. Poderíamos bombear água, aumentar nossas colheitas. Acabaria com a nossa fome", relembra, em entrevista ao Link. "Foi aí que decidi fazer um daqueles".
Seus familiares, vendo o moleque passando daqui pra lá com entulho e toras de madeira, pensaram que ele estava maluco. A certeza viria algumas semanas depois, quando ele derrubou algumas árvores de eucalipto e ergueu uma torre de mais de cinco metros de altura.
Sem incentivo, instrução e "nem noção do que era a internet", William confiava na intuição e nas noções básicas de física que recebeu no colégio. Mas até ele se assustou quando a pás se mexeram e, ao juntar dois fios a uma lâmpada, fez-se a luz.
Trivial para a maioria de nós, a literal gambiarra ("Extensão elétrica com uma lâmpada na ponta, que permite o uso da luz em diferentes localizações", segundo o Houaiss) mudou radicalmente a vida da vila, hoje movida por energia eólica, e ainda mais a de seu idealizador.
Aos 22 anos, Kamkwamba já palestrou no Fórum Social Mundial e no TED, o evento de tecnologia que recebe convidados como Bill Gates e Stephen Hawking. E, diga-se de passagem, foi aplaudido de pé por lá.
Sua história de superação virou até biografia, escrita em parceria com o jornalista Bryan Mealer. The Boy Who Harnessed the Wind (O Garoto que Domou o Vento, ainda inédito por aqui) ficou mais de um mês na lista de mais vendidos do New York Times e foi eleito um dos dez melhores de 2009 pela Amazon. Um documentário sobre ele já está agendado para 2011.
Hoje cursando o último ano da African Leadership Academy, na África do Sul, destinada a formar futuros líderes do continente, ele logo deve se mandar para os EUA. Lá seguirá na universidade e tentará angariar apoio para o seu projeto Moving Windmills, que ajuda vilarejos como o seu a se sustentarem apenas com meios renováveis. Veja só onde aquela gambiarra foi dar...
(Clique no botão 'view subtitles' e escolha idioma português)

Organização quer espalhar moinhos por outros países.

Movido por um dínamo de bicicleta motorizada (área que estoca energia das pedaladas), o primeiro gerador eólico construído por William gerava apenas 12 volts, o suficiente para acender uma lâmpada. Com o reforço de uma bateria de carro, achada no meio da estrada, já carregava quatro lâmpadas e dois rádios.
Com a população começando a acreditar no projeto do garoto e ajudando a levantar mais dessas engenhocas, Wimbe hoje está apinhada de moinhos – que não significam apenas eletricidade, mas liberdade e autossuficiência. É uma "solução africana para problemas africanos", como descreve a ONG Moving Windmills, que surgiu inspirada na ideia.
Em vez de confiar em doações de organizações humanitárias, que dificilmente chegam onde deveriam, o projeto usa a internet para emancipar pequenos vilarejos carentes. Pelo site MovingWindmills.org, dá para doar pequenas quantias para projetos localizados, como um moinho para uma escola no Malauí ou um sistema de irrigação de uma colheita. Fundada em 2008, a organização quer espalhar moinhos de vento pela África, principalmente nas áreas rurais, abandonadas pelos governos. A energia eólica representa, hoje, apenas 1,5% do consumo global, mas é ideal para o continente: usa materiais baratos e recursos abundantes.

Para o continente africano, celulares são os novos PCs.

Quando William Kamkwamba disponibilizou energia elétrica para sua vila, tomou um susto. As filas formadas em sua porta não eram de pessoas querendo usar geladeira ou TV. "Todos eles queriam recarregar seus celulares", lembra.
O episódio mostra a importância que os aparelhos têm na África. Enquanto a internet chega para apenas 6,7% das pessoas do continente e a energia elétrica ilumina 25% dos africanos, 37% deles possuem celular. Isso mesmo: são mais pessoas com o dispositivo no bolso do que com eletricidade em casa.
O celular é o PC da África e, junto do rádio, é a principal fonte de informação dos africanos. Mas internet 3G por lá ainda é um conceito distante. As informações circulam por SMS. E em locais a que as ondas de rádio não chegam, as mensagens de texto acabam sendo a única opção. A rádio SW Africa, que fica em Londres, manda 30 mil mensagens de texto por dia para cidadãos do Zimbábue, país que bloqueia sinais de rádio.
Em uma sociedade carente de quase todos os serviços mais básicos, opções baseadas no celular começam a surgir como alternativa. No Quênia, um serviço iniciado em 2007 permite que oito milhões de pessoas usem seus créditos de celular para pagar táxis e bares.

E A INTERNET?

Com a eletricidade chegando a apenas um quarto da África, imaginar uma popularização da internet parece exagero. Só que algumas iniciativas começam a abrir caminho.
O East African Submarine System é um projeto bancado pelo Banco Mundial e que irá esticar uma cabo de fibra óptica pelo continente para disponibilizar internet de alta velocidade em 20 países. Só que um problema prático vai persistir: qual a parcela da população que terá dinheiro para comprar um computador para acessar a rede?
Kamkwamba ainda deve ver por muito tempo as pessoas andando para lá e para cá com carregadores. E ele sabe o motivo: "Esses aparelhos estão em todos os cantos porque são baratos". (R.C. e FERNANDO MARTINES)

ONDE?

- O PAÍS – Enfiado entre Zâmbia, Tanzânia e Moçambique, o Malauí tem 15 milhões de habitantes. 85% deles vivem na área rural, a grande maioria sem energia elétrica e outros serviços básicos.
- ECONOMIA – Um dos mais pobres do mundo e, ao mesmo tempo, um dos mais populosos, o país sobrevive quase que exclusivamente da sua agricultura. Tabaco, algodão e cana de açúcar representam 90% das exportações.
- POBREZA – Em 2005, o Malauí recebeu US$ 575 milhões de ajuda humanitária, mas mesmo assim foi considerado o país mais pobre do mundo pelo FMI. Sofre também com uma enorme taxa de HIV.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Think Global quer produzir carro elétrico nos EUA em 2011

Empresa norueguesa (Finlândia) investe em modelo com autonomia para rodar 160 km.




A fabricante norueguesa de veículos elétricos Think Global anunciou que pretende produzir carros nos Estados Unidos. A companhia, no momento, reúne acionistas e parceiros para iniciar as operações, mas afirma que já levantou US$ 40 milhões em financiamento.
A produção norte-americana deve começar apenas em 2011, em uma planta instalada no estado de Indiana. O Think City possui autonomia para rodar 160 km e pode chegar à velocidade máxima de 100 km/h.
Para iniciar as vendas do modelo Think City no país neste ano, a fabricante pretende trazer 500 unidades produzidas na Finlândia. O foco das vendas são as cidades de Los Angeles e San Diego.
A Think Global afirma também que pretende investir em uma versão para o mercado britânico, com volante à direita.

Por que usar carros elétricos ?
Comparados com os motores tradicionais de combustão, os motores elétricos são impressionantemente mais eficientes. Veículos eléctricos usam de 80 a 90 por cento da energia disponibilizada ao motor. Já os carros convencionais, apenas 20 a 25 por cento da energia utilizada para alimentar o veículo é convertida em movimento.  A maioria da energia da gasolina, diesel ou mesmo bio-combustíveis irá desaparecer na forma de calor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A verdadeira história sobre o vulcão em Poços de Caldas.

À esquerda, a estrutura circular da caldeira do complexo vulcânico de Poços de Caldas (MG), mostrando ainda, à esquerda, a borda da Bacia do Paraná

Poços de Caldas é conhecida nacionalmente por se encontrar na cratera de um vulcão que, para delírio dos mais afoitos, pode entrar em erupção a qualquer momento. Mas isso não passa de lenda.
Segundo o engenheiro de minas, Resk Frayha, ex-prefeito de Poços, a cidade se encontra em uma região de origem vulcânica. Há cerca de 80 milhões de anos, a região, onde hoje se encontra Poços, sofreu uma intrusão de rochas alcalinas. Um movimento intenso de rocha e magma do subsolo fez a região "subir". As rochas romperam a crosta terrestre, elevando a região a 500 metros de altitude. Com o tempo, essas rochas foram esfriando e o solo da região central sofreu um "afundamento", originando o chamado Planalto de Poços de Caldas.
Observadores menos atentos, ao se depararem com a foto do satélite, acreditariam que as montanhas que circundam o planalto são, na verdade, a borda do vulcão e o interior do planalto, uma grande cratera de 800Km2 e 30Km de diâmetro. O geólogo Hélio Scalvi define esta cratera como uma caldeira. "Por muito tempo se acreditou que as caldeiras fossem bocas de grandes vulcões, originadas de extraordinárias explosões. Hoje, este conceito caiu e define-se a região como de origem vulcânica", afirma.
Para comprovar a tese, Resk Frayha destaca a presença de vestígios de lava vulcânica apenas na parte interna do planalto. Se fosse mesmo um enorme vulcão, haveria presença de lava a centenas de quilômetros ao redor das montanhas, o que não ocorre. Na verdade, depois que a região se estabilizou, há cerca de 60 milhões de anos, houve diversas manifestações vulcânicas, sob a forma de pequenos vulcões, dentro do planalto. Segundo estudos geológicos, foram encontradas 13 estruturas circulares, que denunciam a presença de vulcões. Tal atividade deu origem às águas sulfurosas e às riquezas minerais que fazem do Complexo Alcalino de Poços de Caldas um dos mais notáveis do mundo e o único que tem a sua estrutura.
No Brasil, não existe nenhum vulcanismo ativo, mesmo em tempos geologicamente recentes. O território nacional não foi afetado por nenhuma atividade vulcânica durante os últimos 80 milhões de anos.
O vulcanismo mais recente foi o responsável pela formação de diversas ilhas do Atlântico brasileiro, como Fernando de Noronha, Trindade e Abrolhos.
No fim da era Mesozóica, o Brasil foi afetado por atividades vulcânicas de caráter alcalino-sódico, com ampla distribuição. São representantes deste vulcanismo as intrusões alcalinas de Lajes (SC), Poços de Caldas (MG), Jacupiranga (SP), Araxá (MG) e Itatiaia (RJ). Ainda na era Mesozóica, no período Cretáceo, a América do Sul, em especial o Brasil, foi palco de uma das maiore atividades vulcânicas do tipo fissural que se conhece no planeta. Todo o sul do país, incluindo áreas do Uruguai, Argentina e Paraguai, foi atingido por este super vulcanismo, que abrangeu mais de um milhão de quilômetros quadrados e que constituiu um dos maiores episódios geológicos de todos os tempos.
As rochas vulcânicas que integram este extenso conjunto de derrames estão agrupadas geologicamente sob a denominação de Formação Serra Geral. Próximo à cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, o conjunto de derrames atinge aproximadamente 1.000 metros de espessura.
A sondagem realizada pela PETROBRÁS em 1958 em Presidente Epitácio - SP atravessou mais de 1.500 metros de rochas vulcânicas, mostrando a pujança deste episódio vulcânico.
Este vulcanismo está diretamente ligado à separação da América do Sul e África, durante a ruptura do supercontinente Gondwana no período Cretáceo.

Fonte: www.cprm.gov.br

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Exercícios para o cerébro: soroban nele !

Soroban (そろばん): o que é e suas origens.

É o ábaco japonês. As origens do ábaco remontam ao uso de sulcos na areia e pedras para realização de cálculos. Posteriormente, foram utilizadas tábuas de madeira ou argila, com hastes nas quais pedras eram colocadas e utilizadas para cálculo. O ábaco chinês, baseado no sistema hexadecimal, possui duas contas na parte superior e cinco na parte inferior, permitindo o uso de valores de zero à quinze. No Japão foi retirada uma das contas superiores, de modo a usar números entre zero e dez, de acordo com o sistema decimal japonês, o que levou à origem do Soroban como conhecemos hoje. O uso habitual do soroban melhora a habilidade numérica e a capacidade de concentração.
Estimula o raciocínio lógico, a memória, a agilidade mental, o processamento da informação de forma ordenada e a atenção visual. Estas são principais vantagens de manusear o sorobam além de facilitar cálculos matemáticos como adição, subtração, multiplicação, divisão, cálculo de raízes e potências.
Com isso é fácil formar os números com unidades, dezenas e centenas como em uma numeração normal. Veja nas figuras abaixo.

A leitura de um número maior.

Se os alunos do Brasil utilizassem o soroban nas séries iniciais com certeza teriamos os melhores estudantes de Matemática, Física, Química e inclusive de outras disciplinas que parecem não estarem ligadas diretamente ao seu uso. Ou seja, o soroban estimula o raciocínio e, nas palavras de Rousseau, 'o raciocínio aumenta com o uso'.

Como estudar?

Conheci o sorobam quando casei com minha esposa, que é descendente de japoneses. Nas 'tralhas' dela, veio de herança um soroban da avó dela. Quando eu tive o interesse em aprender a usar o soroban a internet ainda estava no início e eu não encontrava nada. No entanto agora não falta material para estudar, basta escrever soroban no youtube ou no Google para encontrar uma variedade de vídeos e artigos relacionados. Ainda hoje o Soroban é utilizado no Japão, em vez de uma calculadora, por diversos profissionais. Depois de dominada a técnica (Shuzan ou 珠算), seu uso é muito mais rápido do que o de uma calculadora. Toda criança japonesa estuda o soroban dos 5 aos 8 anos de idade.
Onde comprar?

O único lugar onde eu vi à venda um sorobam 'original' foi no mercado livre e geralmente são peças antigas e de alto valor.

Post original em http://fisicapaidegua.blogspot.com/ por Orival Medeiros, adaptado por Prof. Sidney Peres

domingo, 4 de abril de 2010

Provas de Física nos vestibulares.

A partir de agora no nosso blog, aí ao lado, logo abaixo da previsão do tempo, voce poderá consultar as últimas provas de Física dos vestibulares mais importantes. É uma boa ajuda aos vestibulandos e também para quem quer uma prévia do que vai encontrar nos vestibulares das principais faculdades. O conteúdo é atualizado com frequencia pelo Jornal eletrônico Física Pai d'égua, aliás, uma ótima fonte para estudos da Física que voce pode encontrar na internet. Boa sorte !

sábado, 27 de março de 2010

É nóis na fita !

O diretor da Circullare, Flávio Cançado, esteve presente na Câmara Municipal de Poços de Caldas respondendo a questionamentos formulados pelos vereadores. Uma multidão (para os padrãoes de Poços de Caldas) esteve presente no plenário da câmara e isso foi um verdadeiro 'soco na cara' da imprensa local e também do nosso prefeito - Paulo César Silva, o Paulinho Courominas (PPS) - que passaram as últimas semanas dizendo que as manifestações contra o SIGA(O) não passava de ato com objetivos político-partidários e onde apenas meia dúzia de gatos pingados apareciam.
O CQC – Custe o Que Custar da TV Bandeirantes – esteve aqui em Poços e nas próximas semanas levará ao ar no quadro “Proteste Já”  uma matéria com o Prof. Hudson Luiz Vilas Boas, de Poços de Caldas. O reporter do CQC, Gentile, fez de charrete o mesmo percurso oferecido por uma das linhas de ônibus mantida pela Circullare e, acredite, chegou primeiro ao destino. Dizem por aí que o prefeito recebeu Gentile em seu gabinete e disse que em 30 dias resolve essa parada. Vamos ver !
O programa CQC vai ao ar às segundas feiras por volta das 22:00h.
Crédito das fotos: Blog 'Dissolvendo no ar' do Prof. Hudson.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Na velocidade da Luz.

Em astronomia, a unidade astronômica (UA) é uma unidade de comprimento, aproximadamente igual à distância média entre a Terra e o Sol. É bastante utilizada para descrever distâncias muito grandes, como a órbita dos planetas e outros corpos celestes, no âmbito da astronomia planetária.
Já, a velocidade da luz no vácuo, simbolizada pela letra c, é definida como 299.792.458,0 m/s, o mesmo que 1.079.252.848,8 km/h. O símbolo c origina-se do Latim, celeritas, significando velocidade ou rapidez.
Como a velocidade da luz no vácuo, em km/h, é um número bastante grande e depois de aprendermos que UA, assim como o km, são unidades de comprimento, vamos calcular a velocidade da luz no vácuo em outra unidade,  a UA/h.
Sabemos que a luz demora 8 min (ou 480 s) para 'viajar' do Sol à Terra. Ora, se a velocidade da luz no vácuo, c, vale aproximadamente 300.000.000,0 metros por segundo, em 480 segundos a luz percorrerá 144.000.000.000,0 metros (ou 144.000.000,0 quilometros) que é, segundo a definição de UA acima, o valor da unidade astronômica, ou seja, 1 UA é equivalente a 144.000.000,0 km.
Se pegarmos agora o valor de 1.079.252.848,8 km, que é a distância que a luz percorrre em 1 hora, e dividirmos pelo valor da UA calculado acima, 144.000.000,0 km, encontraremos a velocidade da luz no vácuo em UA/h. Esses cálculos resultam em um valor para c de aproximadamente 7,4 UA/h.
Bom, depois desse blá, blá, blá acima, podemos resumir :
   A velocidade da luz no vácuo, c, é aproximadamente 300.000.000 m/s, que equivalem aproximadamente a 1.100.000.000 km/h, que equivalem aproximadamente e finalmente a 7,4 UA/h.
c.q.d.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A Primeira Lei de Newton - Lei da Inércia.

Galileo teorizou que, na ausência de qualquer outra força, um objeto em movimento continuará a mover-se. Ele chamou isso de resistência às mudanças de movimento, inércia. Sir Isaac Newton aprofundou-se neste conceito - transformando-o em sua primeira lei, a Lei da Inércia. De seu Principio: cada objeto continua em estado de repouso ou de velocidade uniforme em uma linha reta a menos que sobre ele atue uma força diferente de zero. Em outras palavras, se um objeto está se movendo em uma direção, ele continuará a se mover naquela direção a menos que outra força seja exercida sobre ele. Da mesma forma, se um objeto está em um estado de repouso, a lei da inércia garante que o objeto permaneça nesse estado a menos que outra força seja exercida sobre ele.
Na dramatização seguinte, voce irá ver um exemplo extremo da Primeira Lei de Newton em ação! Não temos certeza se isso realmente ocorreu sem alguma ajuda de Hollywood, mas certamente serve como ilustração da Primeira Lei de Newton.

terça-feira, 16 de março de 2010

E o automóvel, quem diria, começou pelas mãos femininas.

Berta Benz e os filhos foram os responsáveis por mudar a coisa barulhenta, fumacenta, nisto que você tem andado.
Inevitavelmente, a história do automóvel e do automobilismo está profundamente influenciada pela política contemporânea e eventos econômicos. No entanto a importância desses fatos tem sido pouco examinada. Por causa da lei da “Bandeira Vermelha”, em quanto outros países produziam maiores e melhores carros, na Inglaterra ainda era ilegal dirigir sem um homem andando na frente do carro. Por este motivo Daimler e Benz conseguiram uma vantagem bastante significativa sobre Simms, Lanchester e Austin.
Porém o sucesso de Benz não se dava apenas por essas questões. O investimento de Bertha desde quando era sua noiva fez toda diferença pra o sucesso de Karl. Em 1872 Bertha Ringer e Karl Benz casaram-se. E Berta Benz sempre esteve lado a lado com seu marido, representando um sólido apoio em numerosas crises nas empresas por onde passou.
Porém com novos investidores e participantes, assim como a ajuda financeira dos bancos, transformaram a empresa numa sociedade por ações. Karl Benz tinha 5% das ações e era um dos diretores, mas mais uma vez, saiu da jovem companhia já em 1883. Posteriormente Benz conseguiu no mesmo ano apoio financeiro dos investidores Max Rose e Friedrich Wilhelm Esslinger. Em outubro de 1883 fundaram a firma “Benz & Co. Rheinische Gasmotoren-Fabrik”.
A empresa expandiu-se rapidamente. Benz podia dedicar-se sem problemas ao desenvolvimento de seus motores automobilísticos. Assegurado financeiramente, ele começou com a construção de um veículo de concepção própria, ao qual integraria seu motor de quatro tempos à gasolina, em contraposição à Daimler que montava seu motor numa carruagem adquirida externamente.
Em 1886 ele recebeu uma patente pelo veículo e introduziu seu primeiro “veículo Benz motorizado e patenteado” ao público. Nos anos 1885-1887 foram montados ao todo três versões dos triciclos: o modelo 1, que Benz doou ao Museu Alemão como presente em 1906. Mas não bastava construir um carro, Benz não queria apresentar em Munique em 1888 seu carro em exposição, temendo que não fosse vendido. A ponto de pensar seriamente em desistir. Felizmente uma idéia de sua esposa mudou seus planos. Bertha Benz em companhia de seus filhos Eugen e Richar, Sem que Karl soubesse, saíram com o carro e fizeram primeira viagem de longa distância. Que tornou Berta conhecida como a primeira mulher automobilista do mundo. Eles partiram da cidade de Mannheim, para a cidade de Pforzheim, para visitarem a mãe de Bertha. Planejaram a viagem em segredo e deixaram um bilhete para Karl avisando que tinham viajado sem deixar claro de que forma. Certamente a viagem não foi fácil, as estradas da época não eram feitas para carros e sim para carroças e cavalos. Sem contar os contratempos de combustível e mecânicos ocorridos na viagem. O motor de 2,5 HP à 500 rotações por minuto funcionava com gasolina leve, denominado “Ligroin”, nome mudado mais tarde para “Gasolin”. Eles teriam que levar uma reserva desse combustível que na época era vendido em farmácias. O reabastecimento da viagem foi feito na cidade de Wiesloch onde até hoje a farmácia e a cidade são conhecidas por terem abrigado “o primeiro posto de combustível do mundo”.
Os imprevistos mecânicos durante a viagem foram solucionados por Bertha de uma forma essencialmente feminina. Ela desentupiu uma mangueira de combustível com um grampo de seu chapéu. E protegeu as velas contra o desgaste envolvendo-as com suas próprias meias. Tiveram contratempos nas subidas, o veículo de duas marchas não tinha força pra subir. Dessa forma tiveram que descer do carro e empurra-lo nas subidas. nPor esse motivo, posteriormente, Bertha sugeriu uma terceira marcha para o carro, que foi integrada aos novos modelos.
Temia também as descidas, pois os freios de couro poderiam não funcionar, por isso eram renovados por sapateiros nas pequenas cidades por onde passaram.
Ao chegarem à cidade de Pforzheim estavam cansados e sujos. Todos os parentes estavam perplexos, e queriam andar no carro que batizaram de “Benzine”; que quer dizer; gasolina em alemão. Enviaram um telegrama ao Sr. Benz “A primeira longa viagem bem sucedida e chegamos bem à cidade de Pforzheim”. E permaneceram na cidade mais três dias e chegaram em sua casa a salvo dessa aventura. Foram os 106 quilômetros mais famosos da história automobilística.
Embora estivesse preocupado, Benz estava feliz com o feito de sua esposa que demonstrou ao mundo a eficiência do motor. Betha era uma mulher a frente de seu tempo, empreendedora e muito otimista e financiou não só com ações como também financeiramente a empresa de Benz para salvá-lo da falência. “As pessoas compram somente coisas que conhecem” palavras de Bertha. Com sua viagem Bertha ganhou a credibilidade diante dos futuros compradores que se convenceram da capacidade da maquina já que podia ser guiada por uma mulher. Rapidamente a história de sua viagem se espalhou e trouxe para a fábrica Benz bom retorno financeiro. Nos dias de hoje comemora-se bienalmente o percurso de 106 km no mesmo trajeto que Bertha Benz fez em 1888 de Mannheim a Pforzheim. Evento que começou a ser comemorado em 1963. Bertha registrou seu nome na história do automobilismo…
Abaixo selecionamos um vídeo muito legal sobre Bertha Benz. Confira!

Fonte:História do Automóvel, Auto modelo.
Texto: Cintia Ciqueira
Fotos: divulgação

sábado, 13 de março de 2010

TV-B-Gone Kit ou 'Controle remoto Ninja'.

Cansado das TVs em todos os lugares? Quer uma pausa na publicidade enquanto você está tentando comer? Quer deligar as TVs do outro lado da rua?
Seus 'pobremas se acabaram-se' ! Rsrsrsr ...
Sério, o TV-B-Gone kit é tudo o que você precisa. Esta versão do kit, de ultra alta potência, é divertido de montar e mais divertido ainda de usar. Este kit vem desmontado com todas as partes necessárias. Ferramentas e pilhas não estão incluídas. Este é um kit bastante simples e ideal para pessoas que nunca soldaram antes.
Alimentação: 2 pilhas AA (não incluídas).
Saída: 2 feixes colimados e 2 feixes abertos de LEDs infravermelhos.
Distância máxima: aproximadamente 45m.
Número de códigos de TV: 230 no total, 115 para as Américas e Ásia, e 115 para a Europa. Você pode selecionar sua zona durante a montagem do kit.
Estão cobertas quase todas as TVs das seguintes marcas (incluindo as novas TVs flat-screen e de Plasma):
Acer, Admiral, Aiko, Alleron, Anam National, AOC, Apex, Baur, Bell&Howell, Brillian, Bush, Candle, Citizen, Contec, Cony, Crown, Curtis Mathes, Daiwoo, Dimensia, Electrograph, Electrohome, Emerson, Fisher, Fujitsu, Funai, Gateway, GE, Goldstar, Grundig, Grunpy, Hisense, Hitachi, Infinity, JBL, JC Penney, JVC, LG, Logik, Loewe, LXI, Majestic, Magnavox, Marantz, Maxent, Memorex, Mitsubishi, MGA, Montgomery Ward, Motorola, MTC, NEC, Neckermann, NetTV, Nikko, NTC, Otto Versand, Palladium, Panasonic, Philco, Philips, Pioneer, Portland, Proscan, Proton, Pulsar, Pye, Quasar, Quelle, Radio Shack, Realistic, RCA, Samsung, Sampo, Sansui, Sanyo, Scott, Sears, SEI, Sharp, Signature, Simpson, Sinudyne, Sonolor, Sony, Soundesign, Sylviana, Tatung, Teknika, Thompson, Toshiba, Universum, Viewsonic, Wards, White Westinghouse, Zenith.
 Veja o vídeo do TV-B-Gone em ação aqui. Há mais informação no TV-B-Gone kit website (em inglês) e no Site oficial da Multilógica no Brasil.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A modernidade do carro elétrico.

Bersey Eletric Car de 1897, fabricado pela inglesa Bersey, era acionado por dois motores elétricos, com transmissão por corrente.
Este foi o primeiro automóvel licenciado para  táxi de aluguel em Londres e com ele veio a frota dos carros elétricos da London Cab Company. Tinha um intervalo de trinta milhas entre cargas da bateria, dificilmente era o suficiente para um dia de trabalho. As baterias foram posicionadas em uma bandeja sob o chassi. Acredita-se ser este o único sobrevivente entre setenta táxis similares construídos na época.

O primeiro automóvel de Minas Gerais.

O primeiro automóvel que circulou em Minas pertenceu ao Sr. João Pinheiro. Fazia o trajeto entre Caeté e Sabará – perto do antigo Curral d’el Rei, onde se riscavam as ruas da nova cidade, nascida Capital e que se chamou Belo Horizonte. O trecho Caeté-Sabará, foi, também, a primeira estrada rodoviária de Minas Gerais – construída pelo próprio João Pinheiro exclusivamente para passar o seu automóvel. A data desse evento não é segura: enquanto alguns dão 1902, o engenheiro Odilon Dias Pereira afirma ter sido em 1905. Uma coisa é certa: a estrada não foi construída por capricho, nem o automóvel foi comprado para gozo pessoal. João Pinheiro adquiriu o carro e fez a estrada para transportar as produções da Cerâmica Nacional, de Caeté, para Sabará. A distância entre Caeté e Sabará era de 20 quilômetros e o automóvel de João Pinheiro cobria o percurso em quatro horas, fazendo uma média de 5km por hora!
A primeira carteira de motorista.
Os primeiros carros que aqui chegaram eram conduzidos por leigos que, por iniciativa própria, puxando esta alavanca, empurrando aquele pedal, mexendo aqui, fuçando ali – conseguiram por o veículo em movimento e levá-lo pelas acanhadas ruas existentes à época.
O motorista habilitado só apareceu em 1906 – embora o decreto nº 858, de 15 de abril de 1902, exigisse exame de condutores de automóveis.
A primeira comissão examinadora de candidatos a condutores de veículos era constituída, no Rio de Janeiro, de engenheiros da Prefeitura. Os que lavraram os primeiros termos de habilitação de motoristas cariocas foram os Drs. Afonso de Carvalho, Aníbal Bevilacqua e Arthur Miranda Ribeiro.
O primeiro exame para motorista foi realizado no dia 08 de janeiro de 1906. Foram aprovados os seguintes examinados: Manuel Borges (Panhard & Levassor); Ernani Borges (Decauville); Francisco Leite de Bettencourt Sampaio Jr. (Darracq); Carlos Inglez de Souza (Darracq) e José de Almeida.
No dia 19 de janeiro, houve mais três “diplomados”: Engenheiro José Augusto Pereira Preste; João Vasques Martins e Honório Guimarães Moniz. A 7 de fevereiro seguinte houve novo exame. Ficaram habilitados: João Vieira da Silva Borges e Felisberto Caldeira. É interessante frisar que Felisberto Caldeira foi cocheiro dos carros dos presidentes Campos Salles e Rodrigues Alves e o primeiro “chaffeur” do Palácio do Catete. Daí por diante os exames se sucediam habitualmente duas vezes por mês.
Pouco a pouco o Rio foi tendo motoristas, amadores e profissionais, habilitados pela seção competente da prefeitura.




quarta-feira, 10 de março de 2010

Hoggar: nova picape da Peugeot

Ela já foi flagrada várias vezes em teste e já não era mais segredo para ninguém. O que continuava um mistério, no entanto, era o seu nome. Ele foi finalmente divulgado hoje (10), Hoggar, a versão picape do 207 tem capacidade de carga de 742 quilos na caçamba e traz sob o capô os conhecidos motores 1.4 e 1.6 bicombustíveis. O nome já foi usado em um carro conceitual de 2004.
A picape, produzida em Porto Real (RJ), terá três versões de acabamento; também contará com a versão Escapade.
Com o lançamento, que será no dia 15 de maio, a Peugeot espera abocanhar 10% do segmento de picapes compactas, liderada pela Fiat Strada.
A Peugeot terá que tomar cuidado especial na composição do preço da picape pois a disputa no segmento está mais feia do que briga de foice no escuro após os recentes lançamentos da Fiat, Volks e GM.

terça-feira, 9 de março de 2010

Carros feitos em aço inoxidável. De volta para o futuro ?

Na foto ao lado vê-se a reprodução de um anúncio da Allegheny Steel Company (produtora de aços inoxidáveis) chamando a atenção para as capacidades do aço inoxidável, como demonstrado por este  1931 Standard Tudor Sedan especial, produzido pela Ford Motor Company, em colaboração com Allegheny Steel.
Novamente em 1935, os oficiais da divisão de aço Allegheny Ludlum e a companhia do Ford Motors colaboraram em uma experiência que se transformou num legado e um tributo a um dos metais mais dinâmicos. Allegheny Ludlum, um produtor pioneiro do aço inoxidável, propos a idéia de criar um carro de aço inoxidável a Ford. A idéia tomou a forma de um sedan 1936 luxe. Esse carro transformou-se na peça central de uma campanha para expor para o público o metal novo e as suas muitas utilidades. Allegheny Ludlum e a Ford lançaram mais dois modelos inoxidáveis, o Thunderbird 1960 e um Lincoln Continental conver´sivel de 1967  .
Os carros de aço inoxidável eram veículos perfeitos para a consciência crescente da qualidade do metal.  Dos seis carros de aço inoxidável que saíram da linha de fabricação da Ford em Detroit em 1936, quatro existem ainda hoje como prova viva da durabilidade do aço inoxidável. Um está na exposição no centro regional em Pittsburgh, PA. Cada um dos seis originais registrou pelo menos 200.000 milhas nas mãos dos oficiais da Allegheny Ludlum.
A experiência era um sucesso incomparável, a consciência pública do aço inoxidável aumentou muito o uso do metal em automovéis.
Com muitos anos de uso ativo, os metalurgistas e os coordenadores foram ficando espantados com a superioridade do metal prateado. Desde 1960, quando dois Thunderbirds da Ford, de aço inoxidável foram fabricados, eles foram destaque na mídia durante todo ano nos Estados Unidos e na Europa.
O Lincoln conversível de 1967  foi o último dos carros de aço inoxidável produzido pelas companhias Ford Motors e Allegheny Ludlum. Mais uma vez as companhias provaram esse que o aço inoxidável tinha resistência e beleza combinados. Como todo aço inoxidável, não havia nenhuma necessidade de pintura. As propriedades resistentes à corrosão do inoxidável eliminam os problemas causados pela oxidação. Três Lincolns inoxidável foram construídos naquele ano, Allegheny Ludlum retem dois e ainda usa-os para visitas de clientes e eventos especiais.
Mais recentemente inspirado nos carros de aço inoxidável, o cinema apresentou um Pontiac GTO memorável, o DeLorean, estrela do filme De Volta para o Futuro, idealizado por John DeLorean (1925 – 2005). Era feito em aço inoxidável e tinha design assinado por Giorgetto Giugiaro, conceituado designer italiano.
E a última aparição de destaque aconteceu no Salão de Acessórios no Expo Center Norte, em São Paulo no Brasil, onde cerca de 30 Hot Rods foram reunidos, entre as atrações estava um veículo inspirado em um Ford 29 foi construído com aço inoxidável, que garante um brilho prateado à máquina.

domingo, 7 de março de 2010

Hora do Planeta 2010

No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.
Pelo segundo ano consecutivo, o WWF-Brasil promove a Hora do Planeta no País. Em 2009, milhões de brasileiros apagaram as suas luzes e mostraram que sua preocupação com o aquecimento global. No total 113 cidades brasileiras, incluindo 13 capitais, participaram da Hora do Planeta no ano passado. Ícones como o Cristo Redentor, a Ponte Estaiada, o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro por sessenta minutos.
A mobilização para a Hora do Planeta 2010 já começou. O site www.horadoplaneta.org.br será a plataforma onde cidadãos, empresas e organizações brasileiras poderão deixar seu comentário e obter mais informações sobre o movimento. O WWF-Brasil também já está em contato com as principais capitais e cidades brasileiras para a realização da Hora do Planeta 2010. “A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais - e, principalmente, para mostrar uns aos outros - que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para deter as mudanças climáticas”, explicou a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.
Clique no link para ver quem está participando.
Minas Gerais na Hora do planeta
Vamos fazer história juntos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Esses caras são 'do meu tempo" ! FOCUS – Tour Brasil 2010

Após trajetória reconhecida na década de 70, a primeira banda holandesa a conquistar público mundialmente se separou. De volta à cena musical em 2002, continuou o trabalho instrumental com dois integrantes da formação original: o flautista Thijs van Leer e o baterista Pierre van der Linden. O baixista Bobby Jacobs e o guitarrista Niels van der Steenhoven deram nova cara às composições do disco mais recente, FOCUS 9 - New Skin.


Esopo. Alameda Flamboyant, 285, Vale do Sereno. Tel.: 3286-3412. Sexta (5), 23h. R$80 a R$100.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nissan EPORO Carro Robô, vai para a escola e imita o comportamento dos peixes.

Em 2008, foi o vôo da abelha que inspirou Nissan Biomimetic Car Robot Drive "br23c conceito". Em 2009, um peixe inspirado na tecnologia toma o lugar de destaque na Nissan Motor Co., Ltd. O novo "Nissan" EPORO * 1 "conceito de carro robô, que é projetado para viajar em um grupo de veículos, que imita os padrões de comportamento de um cardume de peixes para evitar os obstáculos sem colidir uns com os outros.
Nissan demonstrou esta tecnologia inovadora com um grupo de seis EPOROs quando fez sua estréia mundial na CEATEC JAPAN 2009, 6-10 outubro no Makuhari Messe.  A CEATEC JAPAN é uma exposição anual que apresenta tecnologias de ponta e electrónica da informação. Nissan é o fabricante de automóveis que tem sido apenas um participante nesta exposição desde 2006. Nesta edição, além de exibir o EPORO futurista, o vice president da Nissan, Minoru Shinohara, fez um discurso, intitulado "O Futuro do Automóvel de Veículos Eléctricos e Robótica ", e participou de um painel de discussão sobre "EV" (veículos elétricos) onde estamos nos conduzindo a uma sociedade de 'Todos os Eletrificados "e" Mobilização de Todos'. A Nissan também apresentou o novo Skyline * Crossover de 2 tecnologias, com um sistema de prevenção de colisão e proporcionou test drives de um eco-sistema que utiliza uma unidade de diagnóstico numa aplicação para o ® * 3 do iPhone.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Peter Gabriel - New Blood tour.

Peter Gabriel fundou o Genesis em 1967 enquanto ainda era aluno da Charterhouse School com seus companheiros de banda, Tony Banks, Anthony Phillips, Mike Rutherford e Chris Stewart. O nome da banda foi sugerido por um colega, o empresário de música pop Jonathan King, que produziu o primeiro álbum da banda, From Genesis to Revelation.
Apaixonado pela soul music, Gabriel foi influenciado por diferentes fontes para seu canto, incluindo Nina Simone, Gary Brooker do Procol Harum e Cat Stevens. Ele tocou flauta no álbum de Stevens Mona Bone Jakon de 1970.
O Genesis tornou-se rapidamente uma das bandas mais comentadas da Inglaterra, e posteriormente, da Itália, Bélgica, Alemanha e outros países da Europa, amplamente devido a presença de palco de Gabriel, que envolvia diversas mudanças de vestuários bizarros e contos cômicos nas introduções de cada canção. Os concertos faziam uso extenso de luz ultravioleta enquanto as luzes normais estavam baixas ou completamente apagadas. Peter Gabriel, em carreira solo desde 1976, está com uma nova tour por aí.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Desrespeito às Leis da Física

 Uma Lamborghini Diablo VT Roadster 1998 tem 492 cavalos de potência e conta com um sofisticado sistema de controle de tração (AWD) para transferir esse poder para a estrada. No entanto, se você esquecer de usar os seus sapatos especiais para condução, você pode não ser capaz de manter o poder sob controle, mesmo nas ruas super planas do Sul da Califórnia, então lembre-se do seguinte: sandálias não são provavelmente a melhor escolha ao dirigir um carro exótico que tem "Diablo" no nome !

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A última missão do Ônibus espacial da NASA.

Ainda dá tempo para acompanhar o último voo do ônibus espacial da NASA. Ele está se preparando para aterrizar, o que deverá acontecer ainda hoje, segundo a NASA, por volta das 23 horas. Acompanhe em tempo real, o trajeto da espaçonave e também da ISS, clicando no link abaixo:
Tracking em tempo real.

Força, inércia e as Leis de Newton.


Em física clássica, a força (F) é aquilo que pode alterar (num mesmo referencial assumido inercial) o estado de repouso ou de movimento de um corpo, ou de deformá-lo. Esta definição não pode ser desvinculada da Terceira Lei de Newton (que "afirma" que a força é a expressão física para a interação entre dois entes físicos [ou entre duas partes de um mesmo ente], definindo então a direção, o sentido e a igualdade dos módulos das forças de um par acão-reação), e da Segunda Lei de Newton (que define o módulo da força baseando-se na definição de aceleração e do quilograma-padrão [massa]).
Detectamos uma força através de seus efeitos. Estes podem ser: a variação no módulo da velocidade do corpo (por exemplo, quando se dá um chute numa bola em repouso); uma alteração na direcção e sentido do movimento do corpo (no Movimento Circular Uniforme ou no "efeito" no voo de uma bola); ou pode haver uma deformação no corpo em que é aplicada a força (e.g. a deformação momentânea da bola quando é chutada).

Força no âmbito da mecânica clássica.
Para um corpo de massa constante, a força resultante sobre ele possui módulo igual ao produto entre massa e aceleração:


Tal equação provém da segunda Lei de Newton ou princípio fundamental da dinâmica (p.f.d.).
De maneira mais geral temos que força é a derivada temporal total do momento linear ou quantidade de movimento:

. Para o caso de massa constante, esta mostra-se análoga à primeira.


As três leis de Newton

Isaac Newton, a partir de suas reflexões e análises, enunciou as três leis básicas do movimento que herdaram o seu nome, em homenagem.

Primeira Lei de Newton
Esta lei responde à pergunta sobre o que é Referencial inercial, e remove a ideia aristotélica de que é necessária a presença de uma força para que um corpo permaneça em movimento. As definições de Inércia e de referencial inercial fundamentam-se na ideia de força conforme definido (como a expressão física da interação entre DOIS entes físicos), e assim o conceito de força é primordial dentro das leis da mecânica.

Segunda Lei de Newton
Esta lei pode ser assim enunciada: a força que atua em um corpo é diretamente proporcional à aceleração que ele apresenta, e a constante de proporcionalidade é a massa do corpo. Repare que a Segunda Lei completa (baseada na Terceira Lei e na Primeira Lei) é a definição de força, estabelecendo ela o módulo e também a unidade desta. A unidade de força deriva de unidades pré-estabelecidas: a unidade de aceleração (m/s²) e a de massa (Kg - vide quilograma-padrão).
Quando uma força é aplicada, esta produz trabalho e transfere ou remove energia do objeto sobre o qual atua, desde que o objeto se mova de forma paralela à força aplicada.
As pseudo-forças ou forças inerciais "transformam", imaginariamente, um referencial não inercial em inercial, permitindo que as previsões decorrentes do uso das Leis de Newton nas referências não inerciais concordem com o que é observado a partir destes referenciais. Sem estas correções, as previsões e as observações não concordariam. O nome força inercial dado às estas pseudo-forças é portanto bem sugestivo.

Terceira Lei de Newton
Esta lei refere-se à força como expressão física da interação entre DOIS objetos. Segundo esta Lei, para haver força, ou melhor: forças (uma vez que sempre aparecem aos pares), devemos ser capaz de encontrar DOIS entes físicos em interação. Se não formos capazes de identificar os dois objetos ou entes, e acharmos que existe uma força sobre um único objeto do universo, então estaremos diante do que se chama em física de pseudo-força (falsa força) ou força inercial, e não de uma força em sua definição formal. O exemplo mais preciso é o do movimento circular, onde há uma força centrípeta (real), mas não há uma força (na definição do termo) centrífuga. A força centrífuga não existe como força real e sim como uma pseudo-força (uma falsa força) observada em referenciais NÃO inerciais.
A Terceira Lei pode ser assim enunciada: se um corpo "A" aplicar uma força sobre um corpo "B", este último aplicará sobre "A" outra força da mesma intensidade e mesma direção, mas no sentido contrário.